A quarta-feira (18) foi marcada pela resistência nas redes e nas ruas de várias cidades do país contra o projeto de destruição do Brasil, capitaneado pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). Em vez de governar, o governo só apresenta projetos para atacar políticas públicas essenciais para a população brasileira.
Um desses projetos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma administrativa, foi a principal pauta das mobilizações deste dia. Se aprovada, a reforma vai desmontar o serviço público em áreas como saúde e educação, e quem vai pagar a contra serão os trabalhadores mais pobres que dependem desses serviços.
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Por conta disso, servidores públicos de diversos setores entraram em greve, com apoio de outras categorias profissionais. Além da defesa do serviço público, as manifestações cobraram auxílio emergencial de R$ 600, medidas contra a fome, a carestia e os preços altos que estão estrangulando o orçamento das famílias brasileiras. Também exigiram celeridade na vacinação, medidas contra o desemprego e as privatizações.
No ato realizado em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o governo Bolsonaro promove um desmonte sem precedentes no país. “Nunca houve nenhum momento em que o pais crescesse sem planejamento e investimento puxado pelo Estado […] Não é à toa que que um terço da população está desempregada, ou desalentada ou tem empregos precários. É uma tragédia”, disse Sérgio Nobre.
E, para ele, a PEC 32 nada mais é do o governo de continuar desmontando direitos trabalhistas – agora para os servidores – assim como se fez na inciativa privada com a reforma trabalhista, que o governo ainda quer aprofundar, com outra medida, a MP 1045, que cria condições para precarizar ainda mais as relações de trabalho, inclusive com salário inferior ao mínimo.
“Estamos em praça pública para dizer que a PEC 32 é um atentado contra o Estado de Proteção Social. Estamos aqui para dizer que vamos derrotar essa proposta. […] Se acham que vão passar a boiada, estamos aqui para dizer que vamos derrotar, em nome do povo, da renda, do emprego e de um Brasil que não tenha que conviver com a fome”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), que também participou do ato na capital federal.
Da Redação, com Portal da CUT