O general Braga Netto, ex-candidato a vice na chapa derrotada do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, também está inelegível por oito anos pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro do ano passado.
O Tribunal Superior Eleitoral condenou Braga Netto na terça-feira, 31 de outubro, assim como tornou inelegível pela segunda vez o ex-presidente Bolsonaro, também pelo mesmo motivo.
Por 5 votos a 2, prevaleceu na votação o posicionamento do relator, ministro Benedito Gonçalves, pela condenação de Bolsonaro e Braga Netto por abuso de poder político e econômico nas eleições.
Votaram pelas condenações os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, enquanto que os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela rejeição das acusações.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, comentou em sua rede social a condenação do general Braga Netto e também a segunda vez que o ex-presidente é condenado pelo TSE por crime eleitoral.
Também o líder do PT no Senado Federal, Fabiano Contarato (PT-ES), se manifestou sobre as condenações e criticou os abusos cometidos na campanha eleitoral pelos adversários.
Apesar de ser a segunda condenação de Jair Bolsonaro, o prazo de oito anos para a sua inelegibilidade continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes. O ex-presidente, assim como seu ex-candidato a vice, está impedido de participar das eleições até 2030.
Na primeira condenação, o TSE condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, quando ele atacou, sem apresentar nenhuma prova concreta, o sistema eletrônico de votação.
Com a sua condenação nesta terça-feira, Braga Netto fica inelegível e não poderá participar das próximas eleições. O general, companheiro de chapa do ex-presidente, também participou do evento cívico e dos comícios.
Da Redação