“Estamos tendo práticas verdadeiramente autoritárias nesse processo”. Esta é a avaliação da advogada Valeska Martins , que integra a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o bate-papo “Brasil sob golpe: Lula preso, e agora?”, ocorrido no domingo (8), na Rádio Brasil de Fato.
Também participaram da atividade o jornalista Renato Rovai, a cantora Aíla, a ex-presidenta da UNE e integrante do Levante Popular, Jessy Dayane, e o dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues.
Valeska afirmou que as táticas empregadas pelo juiz Sérgio Moro corroboram a utilização do lawfare, termo atribuído ao uso abusivo do Direito. “São coisas que a gente via em processos de exceção, que acreditávamos estar na história”, analisa.
Lula se apresentou à Polícia Federal no fim da tarde de sábado (7), depois de ampla mobilização no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
Ainda sobre o processo, Valeska destacou a manipulação do Judiciário ao aplicar técnicas incompreensíveis para grande parte da população como forma de manipulação dos fatos.
“É um mundo absolutamente alienígena para o cidadão que não faz parte do Direito. É difícil a compreensão. Ainda assim, todo mundo sabe, há algo de errado nesse processo”, afirmou.
Na segunda parte da conversa, a advogada também explicou o que é a medida cautelar protocolada na Comissão dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na última sexta-feira (6).
“O ex-presidente Lula é o primeiro cidadão brasileiro a entrar com esse pedido de proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. Entramos com um processo cautelar para garantir a admissibilidade do comunicado individual, para que a ONU recomende a soltura do ex-presidente Lula e paralise essa arbitrariedade”, disse.
Por Brasil de Fato