Partido dos Trabalhadores

Vereador luta contra desmonte financeiro da cultura em Porto Alegre

“Os órgãos municipais de Cultura são essenciais numa administração que queira ser minimante cidadã”, afirma Adeli Sell, que defende a autonomia dos fundos da área

Leonardo Contursi/CMPA

Em um país com o setor cultural ameaçado pela gestão presidencial, cabe aos parlamentares promoverem ações que valorizem a rica cultura brasileira. Do Congresso federal às Câmaras municipais, os representantes do PT têm assumido o protagonismo de proteger a produção cultural do desmonte completo. O caso mais recente é do vereador Adeli Sell, de Porto Alegre, que está lutando contra o projeto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que extingue fundos municipais importantes para a área de cultura.

A proposta foi aprovada nesta segunda-feira (25) na Câmara Municipal da capital gaúcha, por 21 votos a 13. À Agência PT, o vereador petista afirma que “esta lei autoriza o prefeito a mexer nos fundos, tirando a total autonomia desses recursos e seus respectivos Conselhos”, e por isso os parlamentares contrários vão à Justiça pedir a derrubada do projeto.

Para Adeli, os recursos para a cultura são essenciais em uma sociedade democrática: “Os órgãos municipais de Cultura são essenciais numa administração que queira ser minimamente cidadã. A Cultura deve ser como reza nossa Constituição: um direito. No entanto, as verbas para a área em momentos de crise são as primeiras a serem cortadas, mesmo em cidades maiores”.

Respeito à liberdade

 

O vereador afirma que os parlamentares já criaram projetos que incentivam a produção cultural, com total respeito à liberdade: “Em Porto Alegre, na Câmara, criamos a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura que tem se tornado um instrumento da sociedade civil para pressionar o governo a recolocar recursos na área. Mas devemos atentar para a liberdade que vai além dos recursos. Não adianta fazer uma Feira do Livro e proibir autores, fazer alardes sobre conteúdos, coibir a livre expressão e manifestação”, declarou à Agência PT.

Em todo o país, as produções culturais estão sofrendo com cortes de recursos. De acordo com Adeli, Jair Bolsonaro (PSL) é o maior exemplo dos ataques à cultura do país: “Na atual conjuntura, todas as áreas da cultura brasileira estão sob ameaça. A começar pelos ataques à livre manifestação cultural, pelos frequentes atos de censura, pelo incentivo ao obscurantismo. A opção de controlar os livros didáticos é outro ataque sem precedentes”.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Jornal do Comércio