Em um país com o setor cultural ameaçado pela gestão presidencial, cabe aos parlamentares promoverem ações que valorizem a rica cultura brasileira. Do Congresso federal às Câmaras municipais, os representantes do PT têm assumido o protagonismo de proteger a produção cultural do desmonte completo. O caso mais recente é do vereador Adeli Sell, de Porto Alegre, que está lutando contra o projeto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que extingue fundos municipais importantes para a área de cultura.
A proposta foi aprovada nesta segunda-feira (25) na Câmara Municipal da capital gaúcha, por 21 votos a 13. À Agência PT, o vereador petista afirma que “esta lei autoriza o prefeito a mexer nos fundos, tirando a total autonomia desses recursos e seus respectivos Conselhos”, e por isso os parlamentares contrários vão à Justiça pedir a derrubada do projeto.
Para Adeli, os recursos para a cultura são essenciais em uma sociedade democrática: “Os órgãos municipais de Cultura são essenciais numa administração que queira ser minimamente cidadã. A Cultura deve ser como reza nossa Constituição: um direito. No entanto, as verbas para a área em momentos de crise são as primeiras a serem cortadas, mesmo em cidades maiores”.
Respeito à liberdade
O vereador afirma que os parlamentares já criaram projetos que incentivam a produção cultural, com total respeito à liberdade: “Em Porto Alegre, na Câmara, criamos a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura que tem se tornado um instrumento da sociedade civil para pressionar o governo a recolocar recursos na área. Mas devemos atentar para a liberdade que vai além dos recursos. Não adianta fazer uma Feira do Livro e proibir autores, fazer alardes sobre conteúdos, coibir a livre expressão e manifestação”, declarou à Agência PT.
Em todo o país, as produções culturais estão sofrendo com cortes de recursos. De acordo com Adeli, Jair Bolsonaro (PSL) é o maior exemplo dos ataques à cultura do país: “Na atual conjuntura, todas as áreas da cultura brasileira estão sob ameaça. A começar pelos ataques à livre manifestação cultural, pelos frequentes atos de censura, pelo incentivo ao obscurantismo. A opção de controlar os livros didáticos é outro ataque sem precedentes”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Jornal do Comércio