Outro caso de violência política foi denunciado por uma parlamentar do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (PT) em Santa Catarina. A vereadora de Florianópolis, Carla Ayres, recebeu ameaças e ofensas lesbofóbicas por e-mail na madrugada do último sábado, dia 4 de fevereiro.
No e-mail, os ataques também foram direcionados às vereadoras Maria Tereza Capra (PT) de São Miguel do Oeste, Giovana Mondardo (PCdoB) de Criciúma, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ao ministro da Justiça, Flávio Dino, e a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Conforme a assessoria da vereadora Carla Ayres, o texto teria sido enviado, supostamente, pelo presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Oeste. Além de Carla Ayres, as vereadoras Ana Lúcia Martins (PT) de Joinville e Marlina Oliveira (PT) de Brusque, também receberam um e-mail semelhante com as ameaças e ofensas racistas e misóginas.
A secretária Nacional LGBT do PT, Janaína Oliveira, repudia as ofensas contra as parlamentares e ressalta que a sociedade precisa se unir para coibir qualquer tipo de violência contra os direitos humanos.
Ouça a secretária Janaína Oliveira:
Ação judicial
A vereadora Carla Ayres registrou um Boletim de Ocorrência e acionará os órgãos do Estado e da União para que o responsável seja identificado e punido.
Confira, abaixo, os órgãos acionados:
- Boletim de Ocorrência – Polícia Civil de SC
- Procuradoria-Geral Eleitoral – vinculada ao MPF
- Procuradoria Regional Eleitoral
- Presidência da Câmara Municipal de Florianópolis
- Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – inclusive ouvidoria
- Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ – vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
- Ministério das Mulheres
- Procuradoria Especial da Mulher – Alesc
Cassação arbitrária
Segundo a vereadora Carla Ayres, o e-mail foi enviado no contexto da cassação do mandato da vereadora Maria Tereza Capra (PT).
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Na mesma data em que Carla Ayres recebeu o e-mail com ataques, dia 4, a vereadora Tereza Capra teve seu mandato cassado arbitrariamente após ter denunciado ato nazista na região do Oeste catarinense.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman, anunciou que o PT vai recorrer e é contra o processo ilegal e ilegítimo de cassação da vereadora.
Da Redação