A Vigília Lula Livre completa nesta quinta feira (5), 90 dias de mobilização popular em Curitiba. A data será marcada por uma programação especial, com muitas atividades culturais e encontros políticos de peso, como a visita de João Pedro Stédile e Rui Falcão a Lula.
A mobilização que começou de improviso no dia seguinte à chegada de Lula na Polícia Federal, enfrentando bombas atiradas nas pessoas que o aguardavam, foi se adaptando e se fortalecendo em cada um desses 90 dias. “É um momento histórico de que não abro mão de participar”, diz Adriana Prestes, coordenadora do Coletivo de Mulheres do Paraná do MST.
Adriana está na Vigília desde o primeiro dia, quando centenas de barracas tomaram conta da vizinhança da Polícia Federal. “A Vigília cumpre o papel de denunciar os crimes contra a Constituição Federal, a corrupção do Judiciário e, mais ainda, politizar o povo brasileiro sobre a democracia”, afirma.
Em nem um instante sequer destes noventa dias Adriana duvidou da legitimidade da mobilização popular em defesa da libertação de Lula. “Ele vale o sacrifício, pelas ideias dele, pelos desafios que ele venceu para chegar onde chegou e pela inteligência dele para fazer o que fez”, justifica. “Estou pronta para ficar aqui pelo tempo que for necessário, pelo tempo que Lula estiver aqui”, completa.
Enquanto anima os companheiros de luta e participa da coordenação da Vigília, Adriana sonha com o dia em que Lula será solto e reencontrará o povo nas ruas do bairro curitibano de Santa Cândida, onde fica a sede da PF. “Imagino isso todos os dias. Vai ser emocionante, independentemente se vai demorar ou se vai ser logo, será o dia do nosso reencontro com o cara que faz nossa história”, afirma.
Em nota divulgada no início da noite de quarta feira, a coordenação da Vigília reafirma a disposição de manter a resistência democrática em Curitiba. “O número de caravanas que visita a Vigília segue intenso, com média de 300 pessoas mantendo-se diariamente, mesmo após três meses, o que indica a popularidade do presidente e a disposição das pessoas resistirem por Lula livre”, diz um trecho da nota.
Por Luís Lomba, da Redação da Agência PT de Notícias