A Vigília Lula Livre celebrou nesta terça-feira (20) o Dia da Consciência Negra, rememorando os avanços obtidos nos governos do PT pela população negra no Brasil. “Assim como a luta da população LGBTI e dos companheiros do campo e da cidade, a luta do povo negro tem que estar presente nesse espaço de resistência. Aqui fazemos o resgate dos avanços nos governos Lula e Dilma, para que a gente não os perca”, afirmou Luiz Carlos dos Santos, militante do movimento negro e diretor da APP-Sindicato, que congrega os professores da rede pública estadual paranaense.
Na capital que não tem feriado para comemorar a data, os militantes se reuniram na Vigília para uma roda de conversa sobre como combater o racismo institucional. “O Brasil tem a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria. Apesar disso, a gente está invisível, não estamos nos espaços de poder”, disse Santos antes da roda, que discutiu como desconstruir as práticas cotidianas de racismo.
Além de relembrar as conquistas alcançadas nos governos petistas, os militantes se dedicaram também a discutir como avançar na luta. “Hoje é o Dia da Consciência Negra, que é um dia de reflexão, de organização da luta e da resistência diante do preconceito e do racismo que existe no Brasil”, disse Santos. “Temos racismo institucional arraigado nas estruturas da sociedade brasileira e precisamos vencer isso a cada dia, vencer o racismo que mata, segrega e tira possibilidades da população negra”, analisou.
Santos atesta o compromisso de Lula com a redução das desigualdades raciais no País. “Logo que assumiu a Presidência da República, ele criou a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, que foi uma das primeiras estruturas destituídas pelo governo golpista do Temer. Também tivemos políticas de cotas, que possibilitaram o ingresso da população negra nas universidades públicas e privadas. Isso foi um grande avanço”, afirmou.
A roda de conversa teve a participação de Haidê Maria de Jesus, militante do movimento negro e dirigente do PT no Paraná; e de Ana Carolina Dartora, professora e militante do movimento negro. “Hoje é o dia da morte de Zumbi dos Palmares, que foi um marco de resistência do povo negro. Temos que resistir. Vamos resistir. O povo negro vai ser combatente, vai ser forte e vai mudar a atual conjuntura”, diz Haidê. Ela admite que está preocupada com a posse do governo eleito, mas não com medo. “Não vamos nos intimidar, vamos lutar até o fim. Lula foi um guerreiro na luta do povo negro. Então, por Lula, por Zumbi, vamos continuar na luta”, diz.
Confira o ensaio “Dandaras e Zumbis”, com militantes da Vigília Lula Livre:
Por Luis Lomba, de Curitiba para a Agência PT de notícias