O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador da temática de vacina e enfrentamento à Covid-19 no Fórum Nacional de Governadores, afirmou que, apesar de importante, a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ao liberar Coronavac para vacinação apenas de 6 a 17 anos, deixa uma lacuna de pessoas desprotegida, a de crianças de 6 meses a 4 anos.
“O ideal seria a aprovação de vacinação de 3 anos para cima, porque atenderíamos toda a educação básica, possibilitando o retorno às aulas com segurança”, afirma Wellington Dias, complementando que o ciclo de imunização ficaria completo ao incluir crianças da educação infantil e ensino fundamental, médio e superior.
O governador disse que vai insistir para que a Anvisa continue estudos para liberação de imunizantes da Pfizer, Coronavac e AstraZeneca para que o Brasil tenha, como outros países, a autorização para vacinar crianças acima de 6 meses.
Nesta quinta-feira, 20, o Consórcio do Nordeste enviou ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pedindo urgência na compra da vacina Coronavac, já disponíveis no Instituto Butantan, para completar a vacinação de crianças e adolescentes no Brasil e por conta do agravamento do número de casos de Covid-19 em decorrência da variante Ômicron.
O ofício, assinado pelo novo presidente do Consórcio do Nordeste, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), representa a reivindicação dos nove governadores do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
A partir da aprovação de uso emergencial pela Anvisa, Wellington Dias comentou ser agora possível trabalhar aceleradamente a vacinação do público infantil por todo o Brasil. Em ofício encaminhado ao ministro da Saúde, solicitou a inclusão da Coronavac no Plano Nacional de Imunização. “Ontem tratamos do assunto com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, que nos informou que vai incluir hoje mesmo a Coronavac no PNI”, disse o governador.
Atualmente, no Brasil, estão autorizadas apenas a aplicação de imunizantes da Pfizer (5 a 11 anos) e agora Coronavac (6 a 17 anos). Desde que aprovou a vacinação infantil, em 16 de dezembro de 2021, a Anvisa virou alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro.
Da Redação