O Brasil atual é palco não só de violações aos direitos sociais da classe trabalhadora, mas de graves atentados às liberdades individuais.
Setores do Judiciário passaram a agir de maneira deliberadamente seletiva e persecutória ainda no governo legítimo de Dilma e após o golpe de 2016 o quadro só tem se agravado.
É preciso que se lembre da condução coercitiva do ex-presidente Lula e do vazamento de conversas entre o mesmo e a presidenta Dilma. Ali, ficou claro que uma conspiração de cunho judicial estava em curso.
As prisões preventivas abusivas, que objetivam forçar as delações premiadas, demonstram que o que era para ser exceção (prisão) tornou-se regra. O uso de apresentações de PowerPoint, em que sobram convicções e faltam provas, com transmissão ao vivo por veículos tradicionais de mídia revela a espetacularização do processo judicial.
O Estado Policialesco ou a Ditadura da Toga age por conveniências político-ideológicas. Pretendem a todo custo criminalizar Lula, Dilma e o PT, ao mesmo tempo em que protegem políticos proeminentes da base aliada do governo golpista.
É necessário que se diga que a independência dos poderes é fundamental para o bom funcionamento do Estado de Direito. Os governos petistas garantiram total autonomia para que a Justiça desempenhasse seu papel, com o Ministério Público e a Polícia Federal independentes. Em nenhum governo tantos corruptos e corruptores foram presos como nos governos do PT.
Entretanto, não se pode permitir que uma parcela de um poder queira sabotar a República para os políticos de sua preferência tirarem proveito.
Combater o abuso de autoridade não é sinônimo de frear investigações, mas sim de impedir os excessos e garantir aos réus o amplo direito de defesa.
Lutar contra a Ditadura da Toga, seus abusos de autoridade e suas perseguições movidas por um antipetismo cego é obrigação dos que zelam por um país democrático.
Por Yagoo Moura, 17 anos, estudante, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.