Partido dos Trabalhadores

13 frases que mostram como Lula quer governar o Brasil

Veja o que disse Lula recentemente sobre temas como controle da inflação, geração de empregos, combate à fome e apoio a micro e pequenas empresas, entre outros

Ricardo Stuckert

Lula, durante ato do Dia do Trabalhador

No próximo sábado, em São Paulo, ocorre o lançamento do movimento Vamos Juntos pelo Brasil. O evento será no Expo Center Norte, a partir das 10h, com transmissão ao vivo pela internet (clique aqui para saber como retransmitir o evento no Facebook e ajudar a divulgar este momento histórico).

Nos últimos meses, Lula e o Partido dos Trabalhadores construíram uma união de movimentos sociais e partidos políticos que veem em Lula a esperança de recolocar o Brasil no caminho da justiça social, do crescimento econômico, da soberania nacional e da democracia real. Já declararam apoio ao ex-presidente PCdoB, PV, PSol, Rede, Solidariedade e PSB, que indicou Geraldo Alckmin para ser vice de Lula em uma futura chapa na corrida presidencial.

Seja em eventos com esses partidos e movimentos, seja em entrevistas, Lula tem discutido o futuro do país e apresentado propostas para que os brasileiros voltem a ter motivos para celebrar a vida e acreditar no futuro. Confira abaixo 13 declarações que mostram a visão de Lula para o Brasil.

CONTROLE DA INFLAÇÃO

O que a gente está passando neste país não é porque somos um país pobre. É porque falta vergonha na cara de quem governa este país. A inflação está alta e metade dela é de preços controlados pelo governo: luz elétrica, gasolina, óleo diesel, gás de cozinha. Quando aumenta a gasolina, vai aumentar o seu feijão. Quando aumenta o óleo diesel, vai aumentar o pão. O gás custa 10% de um salário mínimo.”

Durante encontro com associações de mulheres em São Paulo, em 30 de abril

PREÇO DA GASOLINA

Tem muita gente que não sabe por que a gasolina está cara, porque vê na televisão o presidente mentiroso dizendo que é por causa da guerra da Ucrânia. É mentira. O Brasil é autossuficiente em petróleo. O que falta no Brasil são as refinarias que eles pararam de fazer. E aí, hoje, o Brasil não produz gasolina suficiente. Não refina porque não tem refinaria. E por que não tem refinaria? Você viram o discurso na televisão. ‘Ah, nós vamos vender, repartir a BR Distribuidora porque vai ter mais empresas, vai ter mais concorrência e o preço vai baratear’. E todo mundo acreditou. E hoje tem 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos, pagando preço em dólar. É por isso que eles dizem que o preço tem que ser dolarizado.

“Então, eu quero que vocês saibam. Nós vamos voltar, e a Petrobras vai voltar a ser brasileira, e os preços vão voltar a ser brasileiros. Não é possível. O nosso salário é em real. Por que a gente tem que pagar em dólar o preço da gasolina, do diesel, do gás. É uma vergonha. Eu fui presidente durante 8 anos e o gás não aumentou durante 8 anos. Agora o gás, em alguns estados, está R$ 150, R$ 130, o mais barato é R$ 112. Que palhaçada é essa? Só para vocês terem ideia: nove diretores da Petrobras vão receber R$ 13 milhões em bônus.”

Ao visitar condomínio construído pelo MTST, em São Paulo, em 25 de março

SOBERANIA NÃO COMBINA COM FOME

Destruíram uma coisa sagrada para um país, que é a soberania. Uma nação tem que ser soberana, e ela ser soberana não é apenas tomar conta das suas fronteiras, ser respeitada por outros países, é ela, sobretudo, cuidar do seu povo. A maior fotografia da soberania de um país é a qualidade de vida do povo daquele país, é a qualidade salarial do povo daquele país. Como é possível falar de soberania num país que é o terceiro maior produtor de alimento do mundo e tem 116 milhões de pessoas com algum problema de insuficiência alimentar? Como é possível falar em soberania com 19 milhões de pessoas passando fome, com pessoas procurando carcaça de frango ou osso para fazer mistura e jantar à noite? Como é possível falar em soberania num país que não cuida da educação dos seus jovens, que não tem aumento real do salário mínimo há muitos anos?”

No encontro com centrais sindicais, em 14 de abril

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Não aceitamos a lei do teto de gastos, que foi feito para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano. Queremos garantir que o povo tenha o seu todo dia, todo mês e todo ano. Fazer política social não é gasto, é investimento.(…) Tenho dito, sem bravata: é preciso incluir o povo pobre no Orçamento da União e o rico no imposto de renda. Quando estiverem pagando imposto justo, de acordo com o que ganham, pagando sobre lucros e dividendos, podemos ter mais recursos para aplicar em mais políticas públicas, sociais, de investimento em educação e saúde.”

Em entrevista para youtubers, em 26 de abril

DIREITOS TRABALHISTAS

Eu recebi um documento do movimento sindical, todas as centrais sindicais me apoiaram, não para a gente revogar (a reforma trabalhista), porque ninguém quer a volta ao passado. A gente quer reconstruir, (criar) uma relação de trabalho moderna, que leve em conta o mundo do trabalho de hoje, os avanços tecnológicos. Mas os trabalhadores precisam ser tratados com respeito, não podem ficar reféns, sem ter nenhuma seguridade social.”

Em entrevista à Rádio Conexão, de Tocantins, em 19 de abril

TRABALHADORES POR APLICATIVOS

Não podemos aceitar a ideia de que o cara que trabalha com bicicleta, entregando comida, é um empreendedor, porque, na verdade, ele é um empregado que não tem direito. Não conhece o patrão dele, não tem 13º, não tem descanso semanal remunerado, não tem final de semana, não tem Natal, não tem ano-novo. O que nós precisamos é fazer uma regulamentação que permita a esse cidadão tenha seguridade social e, ao mesmo tempo, ter uma política para fomentar o empreendedorismo no Brasil.”

Durante entrevista à CBN Campinas, em 4 de maio

FUTURO DOS JOVENS

Nós precisamos garantir emprego. O emprego tem que ser uma obsessão. Nós vamos ter que fazer das tripas coração para que a gente possa garantir a essa juventude, primeiro, a oportunidade de estudar, segundo, a oportunidade de trabalhar e, terceiro, a oportunidade e a certeza de que não serão violentados pela agressividade nas periferias deste país

No evento em que recebeu apoio do Solidariedade, em 3 de maio

APOIO A PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

É preciso fazer com que a gente tenha política de crédito para o pequeno e médio empreendedor brasileiro. Eu tenho dito que uma das coisas que nós vamos fazer é transformar o BNDES não num banco de investimento para grandes grupos econômicos, porque esses podem até pegar dinheiro no exterior, mas num banco para fomentar o desenvolvimento para pequenos e médios empresários brasileiros. Essa gente é que gera emprego, que dá dinamismo à economia brasileira e é isso que nós vamos fazer para que o Brasil volte efetivamente a crescer.”

Durante entrevista à CBN Campinas, em 4 de maio

EMPRESAS PÚBLICAS

Temos de recuperar nossa Petrobras, não podemos deixar privatizar a Eletrobras porque, se for privatizada, nunca mais vai ter um programa como o Luz para Todos para levar energia ao povo pobre.”

Ao discursar no 1º de Maio, em São Paulo

MODO DE GOVERNAR

A sociedade está ávida a participar do processo, não apenas para ganhar uma eleição, mas para ajudar na governança desse país, participando das principais decisões”, disse, entusiasmado. “É preciso acabar com a tese que se pode governar sem ouvir o povo brasileiro. É preciso criar mecanismos em que a sociedade organizada, através das suas entidades e organizações, possa dizer como quer as coisas.”

Em entrevista para youtubers, em 26 de abril

DIREITOS INDÍGENAS

Ninguém, neste país, se nós voltarmos ao governo, vai fazer qualquer coisa em terra indígena sem que haja a concessão de vocês, a decisão de vocês e a concordância de vocês. (…) E agora vocês me deram uma ideia. Ora, se a gente criou o Ministério da Igualdade Racial, o dos Direitos Humanos, o da Pesca, por que a gente não pode criar um ministério para discutir as questões indígenas?”

Em encontro com povos originários, em Brasília, em 12 de abril

MULHERES NA POLÍTICA

Os homens já têm milhões de anos governando o mundo, e não está dando certo, o mundo está piorando. Então, quem sabe, não chegou a hora de as mulheres botarem o pé na porta e assumirem a responsabilidade de governar a nossa cidade, o nosso estado e o nosso país? A Dilma foi uma experiência bem-sucedida que, depois, destruíram. Mas a gente não pode desanimar. Então, se preparem, porque vão vir mais mulheres no pedaço.” 

Ao se reunir com movimentos de mulheres, em 10 de março

NORMALIDADE INSTITUCIONAL

Quem governa o país hoje não conversa com governador, com prefeito, com empresário, com sindicalista, não conversa com ninguém. Só sabe contar mentira através de fake news e de suas lives. O Brasil não pode continuar assim. Então, se a gente ganhar as eleições, a primeira coisa que eu quero fazer é uma reunião com os 27 governadores para restabelecer a normalidade da relação federativa neste país, para que a gente possa voltar ao crescimento econômico, à geração e distribuição de riqueza. Para que este país volte a ser feliz.”

Em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, em 30 de abril

Da Redação