Lula foi impedido pelo judiciário brasileiro de se despedir de seu irmão Vavá, falecido na terça-feira (29). O direito do ex-presidente velar um parente próximo, cerceado em meio a um verdadeiro empurra-empurra jurídico, foi garantido para 175.325 presos apenas no ano de 2015, segundo informou o blog do Josias de Souza.
O novo arbítrio que se soma a longa lista de exceções no caso de Lula apenas agrava a certeza de que ele é um preso político. Pior, um preso político que sofre mais desmandos do que no período da Ditadura Militar, quando foi liberado para o velória de sua mãe, Dona Lindu.
Até mesmo para o jornalistas Josias de Souza, costumas detrator do PT, “é fácil perceber que os agentes públicos que sonegaram a Lula o direito de velar o corpo do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, caminharam na contramão dos mais elementares sentimentos humanos”.
Desde o primeiro momento que a defesa pediu a liberação do ex-presidente para velar o irmão, ainda na manhã de terça-feira (29), a Justiça começou a série de arbitrariedades. Inicialmente, a juíza de execução penal Carolina Lebbos, pediu um parecer do Ministério Público Federal, e como resposta, o Procurador da República do Ministério Público Federal (MPF), Januário Paludo, enviou um breve texto no qual solicita relatório técnico antes de validar a soltura de Lula.
No fim da tarde de terça-feira (29) a defesa de Lula entrou com um pedido de habeas corpus no TRF-4, que acabou sendo negado às 5h da manhã de quarta-feira. Apenas às 12h40 desta quarta (30), o ministro Dias Toffoli emitiu uma liminar permitindo a Lula velar o irmão, mas apenas com a condição que fosse em uma unidade militar. O corpo de Vavá já era sepultado nesse momento.
O direito de visitar um parente próximo, como os pais, cônjuge, filhos ou irmãos, é garantido a qualquer pessoa presa no Brasil, porém, como a prisão de Lula é política, ele não tem direito nem mesmo a se despedir de um ente querido.
Da Redação da Agência PT de notícias