Os seis militantes que estão fazendo greve de fome pela liberdade do ex-presidente Lula voltarão ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta-feira (1º). O grupo deu início ao ato extremo na terça (31), quando protocolaram um manifesto na Corte e foram recebidos com truculência pela polícia do judiciário.
Os grevistas Vilmar Pacífico, Jaime Amorim e Zonália Santos, do MST; Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves, do MPA, e Luiz Gonzaga (Gegê), da CMP, se deslocarão para o Centro Cultural de Brasília (CCB) onde permaneceram em greve de fome por tempo indeterminado. Às 16h, eles retornarão ao STF onde se juntarão com outros manifestantes que exigem a liberdade de Lula, preso político há 117 dias.
Organizada pelos movimentos que integram a Via Campesina Brasil, a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Democracia e libertação do ex-presidente. O ato também conta com o apoio do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), do Levante Popular da Juventude e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Na terça, os grevistas protocolaram o manifesto do grupo, que justifica a greve de fome. O texto deixa claro que “o Poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país”.
Imprensa internacional
O início da greve foi noticiado pela imprensa de diversos países. A agência espanhola EFE destaca que “a organização Via Campesina anunciou a convocação de uma greve de fome em Brasília a favor da liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
A agência espanhola ABC, a partir da nota da EFE, também noticiou a greve, bem como o jornal El Comercio, que informou: “Os organizadores esperam que a greve termine em meados de agosto, período em que o plenário da Suprema Corte poderá julgar um recurso interposto pela defesa de Lula pedindo a libertação do ex-chefe de Estado da cela na sede da Suprema Corte na Polícia Federal de Curitiba (sul), onde está cumprindo sua sentença”.
A manifestação também foi destaque em veículos de imprensa do México e Argentina.
Em vídeo divulgado nesta quarta (1), o Frei Sérgio Görjen afirmou que a reação do STF à greve de fome, ao longo dos dias, será fundamental para avaliá-lo como instituição social.
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Da Redação Agência PT de Notícias