O presidente Jair Bolsonaro está espalhando pelo WhatsApp documento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para agitar e convocar as bases bolsonaristas para o ato antidemocrático do próximo dia 7 de setembro, segundo informação da jornalista Mõnica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Em uma ação que destoa da posição assumida anteriormente pela (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e diversas entidades do mundo financeiro, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou na terça-feira (31) uma carta em que critica o Supremo Tribunal Federal e se alinha ao presidente Jair Bolsonaro na defesa do que ele chama de “liberdade de expressão” em contraponto ao Poder Judiciário.
A nota da Fiemg, intitulada de “Manifesto pela liberdade”, critica a decisão do STF ao determinar a desmonetização de sites bolsonaristas acusados de produzir e divulgar fake news, além de ameaças contra o tribunal e seus ministros. “Nas últimas semanas, assistimos a uma sequência de posicionamentos do Poder Judiciário, que acabaram de tangenciar, de forma perigosa, o cerceamento à liberdade de expressão no país. Em nosso entender, impor sanções sem o devido processo legal, contraditório e ampla defesa, é uma precipitação equívoca”, diz um trecho do documento.
A Federação parece ignorar todos os fatos até o momento investigados a fundo pelo ministro Alexandre de Moraes que apontam para uma organização criminosa, baseada nas redes sociais bolsonaristas, com a clara intenção de mentir, ofender e ameaçar ministros da Suprema Corte.
Tanto que o documento assinado pelo empresariado mineiro repete a cantilena exaustivamente repetida por Bolsonaro a respeito da defesa do que ele chama de “direitos individuais” das suas hostes que espalham o ódio nas redes.
O manifesto crítico ao governo, mas ainda considerado bastante moderado por demais setores, assinado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e diversas outras entidades do setor financeiro, provocou uma série de pressões por parte dos bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, cujas direções ameaçaram inclusive deixar a Febraban caso o documento fosse divulgado.
Diante das pressões, as entidades decidiram revisar o texto que somente será divulgado após as manifestações previstas para o dia 7 de setembro.
Da Redação