O Conselho de Ética da Câmara aprovou por 15 votos a 1, nesta quarta-feira (28/8), o parecer da deputada Jack Rocha (PT-ES) que recomenda a cassação do mandato de Chiquinho Brazão. Apenas o deputado Guttemberg Reis (MDB-RJ) foi contrário ao parecer.
Chiquinho Brazão e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, são apontados como um dos mandantes dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Eles estão presos desde 24 de março e são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Para a relatora, a investigação conduzida pela Polícia Federal e as informações colhidas pelo Conselho de Ética indicam que Brazão teve condutas incompatíveis com o mandato parlamentar. “As provas coletadas demonstram que o representado [Chiquinho Brazão] tem um modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”.
O voto
Ao pedir que seus colegas votassem a favor da cassação, Jack Rocha disse que seu voto não é uma “retaliação” ou “perseguição”, mas a conclusão de que os 513 deputados não concordam que a Câmara seja vista pela sociedade como “centro da impunidade para políticos brasileiros” que queiram se livrar de alguma situação, bastando ser eleito.
Do PT Câmara