Partido dos Trabalhadores

Colapso: caminhoneiros não conseguem manter frota com aumento do diesel

Novo preço nas refinarias de 8,87% anunciado pela Petrobrás impacta setor, que alega dificuldades para cumprir jornada de fretes. Líder de caminhoneiros alerta que o transporte no Brasil vai colapsar

Site do PT

Efeito Bolsonaro: Caminhoneiros não conseguem manter frota com aumento do diesel

Um novo colapso está no horizonte dos brasileiros e brasileiras. Com o aumento no preço do diesel, anunciado pela Petrobrás, o Brasil vai parar. O efeito Bolsonaro e seus sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis impacta diretamente os caminhoneiros, que afirmam ter dificuldades para manter a frota. As consequências vão pesar ainda mais no bolso do povo, que enfrenta a carestia no preço dos alimentos, do gás de cozinha e dos combustíveis.

A elevação no valor do diesel nas refinarias de 8,87% trará severas sequelas para o país. Conforme o líder de caminhoneiros, Wallace Landim – o Chorão, “o transporte no Brasil vai colapsar”.

Em entrevista ao jornal Metrópoles, o também presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirma que os caminhoneiros não conseguem repassar os produtos que vão para os supermercados.

“O transportador está parando naturalmente. O transporte vai entrar em colapso. Não consegue repassar tudo, mas alguma parte repassa, e isso vai para os supermercados”.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS) destaca a importância de promover políticas públicas que defendam os direitos da categoria e contesta o desrespeito de Bolsonaro com os caminhoneiros, que o apoiaram e sofrem as consequências do seu descaso com sucessivos aumentos no preço de combustíveis.

Ouça, na íntegra, o deputado federal Paulo Pimenta:

“Aumento direto no prato do cidadão”

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, critica o novo aumento do diesel anunciado pela Petrobras. O preço médio do litro passou de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de 8,87%.

“Esse novo reajuste do diesel trará um resultado negativo não apenas para nós caminhoneiros, mas para todo o povo brasileiro. Defendemos o fim da política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras e a criação de uma nova gestão para que sejam cobrados preços justos. Chega dos acionistas continuarem ganhando”.

Veja o posicionamento de Litti, na íntegra, abaixo:

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou que, após o aumento no preço do diesel anunciado pela estatal, “é necessária uma ação conjunta de todos os setores que dependem do combustível para o exercício da sua atividade econômica”.

Paralisação

Em seu perfil do Instagram, o líder de caminhoneiros pergunta ao povo se apoiam uma paralisação no próximo dia 21. Com 1.270 respostas à enquete, 96,9% das pessoas disseram que concordam com a greve.

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores também criticaram o novo aumento do diesel em suas redes sociais. Confira:

Dolarização

Bolsonaro, que mantém a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada sob Michel Temer empenha a dolarização nos preços dos combustíveis que resultou, em 2021, o maior aumento no preço do diesel e da gasolina nos últimos 20 anos.

Aumento maior só foi observado em 2002, mesmo assim, sem que a alta fosse repassada ao consumidor. Este cenário, visto pela Petrobrás como benéfico para e economia brasileira, só beneficia e gera mais lucros para os acionistas privados.

Da Redação, com informações do Valor e Metrópoles