Além das cotas étnico-raciais e a paridade de gênero, o 4º Congresso do PT, em 2011, aprovou também as cotas geracionais. A medida institui reserva de 20% para jovens entre 15 e 29 anos em todas as instâncias partidárias, o que inclui os 4 mil diretórios por todo o país, além da Comissão Executiva Nacional que hoje conta com quatros jovens cotistas, segundo o Secretário Nacional de Juventude, João Paulo Farina (26).
“De 2011 para cá, o partido tenta colocar no centro da estratégia agendas para dialogar com o que já representa a maioria da população de trabalhadores brasileiros”, afirmou ele. Farina lembra que a maior parte da População Economicamente Ativa (PEA) hoje é composta de jovens, e que a maioria da população brasileira é de mulheres e de negros e negras.
Segundo Farina, os governos petistas permitiram o acesso à cidadania de parte da população que era excluída e que ampliou a sua participação política. “Há um pano de fundo que levou à discussão das cotas e o PT não poderia ficar de fora”, diz. Ele lembra que as cotas partidárias refletem o debate da reforma política, já que o PT defender maior representatividade na Câmara e no Senado e que, portanto, deve ampliar a sua representatividade internamente.
Para o Secretário, a instituição das cotas abriu portas e possibilitou a formação política de milhares de jovens, que se constituíra politicamente a partir dessa experiência nas instâncias partidárias. “Esse jovens hoje tocam o partido, e que se não tivessem sido abertas essas cotas, eles jamais teriam entrado”, explica. Além disso, nas últimas eleições, houve inúmeras candidaturas à prefeito e vereador de jovens que estavam atuando no partido por conta das cotas.
Pautas prioritárias para a juventude como o extermínio da juventude negra, o tráfico de drogas e alternativas econômicas mais inclusivas, como a reforma agrária e a economia solidária passaram a vigorar com mais intensidade no debate.
Após o 3º Congresso da Juventude do PT, os jovens petistas definiram a autonomia financeira como pauta prioritária. Por isso, segundo Farina, eles vão pedir 10% do fundo partidário no Congresso deste ano.
Essa reportagem integra a série sobre a histórias dos Congressos Nacionais do PT, produzida em ocasião do 6º Congresso Nacional, que ocorrerá em junho. Para ler as outras matérias, clique aqui.
Da Redação da Agência PT de Notícias