Levantamento feito em parceria pelo Ministério da Justiça e pela Safernet aponta que o uso da internet para propagar discursos de ódio não para de crescer no Brasil.
Segundo a associação que atua em defesa dos direitos humanos na internet, as denúncias de crimes envolvendo discurso de ódio na rede triplicou nos últimos seis anos.
A pesquisa considera crimes de ódio práticas como apologia a crimes contra a vida, LGBTfobia, misoginia, neonazismo, racismo, xenofobia e intelerância religiosa.
O levantamento, apresentado no Jornal Nacional, aponta recorde de casos em 2022: foram 74 mil denúncias, contra 44 mil em 2021. O maior aumento foi nos crimes de ódio contra as mulheres, que saltaram de pouco mais de 8 mil para mais de 28 mil.
Segundo a Safernet, anos eleitorais costumam registrar um aumento desse tipo de crime. Mas a situação piorou no ano passado em relação às eleições de 2018, quando foram registradas 72 mil denúncias.
Outros levantamentos da associação também identificaram um aumento preocupante dos crimes de ódio pela internet. Um estudo de 2021, por exemplo, mostrou que, naquele ano, as denúncias anônimas de neonazismo na internet cresceram 60,7% em relação a 2020.
PL das Fake News
O estabelecimento de regras para tornar a internet mais responsável e segura está em discussão no Congresso Nacional, por meio do Projeto de Lei 2630, que pode ser votado ainda nesta terça-feira (2) na Câmara dos Deputados.
Um dos objetivos do chamado PL das Fake News é combater práticas como o incentivo a ataques a escolas, que mataram 35 crianças e adolescentes no Brasil nos últimos 10 anos, com um aumento significativo de atentados a partir do governo Bolsonaro.
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Pesquisa feita na semana passada pelo Instituto AtlasIntel revelou que 77,9% da população são a favor do estabelecimento de regras que dificultem o cometimento de crimes pelas redes sociais.
Da Redação