O favoritismo do candidato do PT em São Gonçalo, Dimas Gadelha, que já havia sido apontado nas urnas, no primeiro turno das eleições municipais na cidade, foi confirmado nesta quarta-feira, 25 de novembro, pelo jornal O Dia. Levantamento do instituto de pesquisa Inteligence Serviços, registrada no Tribunal Superior Eleitoral, revela que Dimas tem 43% da intenção de votos do eleitor do município, o segundo maior do estado do Rio. Se a eleição fosse hoje, Dimas estaria eleito com folga.
Seu adversário, o candidato bolsonarista Capitão Nelson (Avante), obteve 27% dos votos de acordo com a pesquisa. Votos em brancos e nulos somam 18% e aqueles eleitores que não souberam ou não responderam, 12%. O instituto ouviu 600 eleitores entre a última segunda-feira, 23, e ontem. A margem de erro no levantamento é de 4%.
O candidato petista disse que o sentimento na cidade é de mudança. “Estamos recebendo o voto da esperança, da mudança e da vontade de ver nossa cidade melhor, assim como temos os exemplos de Niterói e Maricá que conquistam a cada dia mais qualidade de vida para seus moradores e são os nossos parceiros para implantação de políticas públicas em comum”, disse Dimas.
Onda antevista no primeiro turno
O candidato petista obteve no primeiro turno 117.346 votos, o que equivale a 31,36% total, enquanto o candidato de Jair Bolsonaro conquistou 85.399 votos, equivalente a 22,82%. Seu favoritismo expressa a vontade de mudança do município. “As urnas demonstraram a vontade popular”, declarou o candidato, que é médico sanitarista de formação.
Ele tem o apoio de prefeitos de municípios próximos como Rodrigo Neves (PDT), de Niterói; e Fabiano Horta (PT), de Maricá. Ambos, já participaram de compromissos de campanha do candidato do PT em São Gonçalo na semana passada. A aliança montada em torno do candidato petista é ampla e inclui, além do PT, outras legendas como PDT, Rede, Pros e Podemos.
Já o candidato adversário angariou apoio de partidos conservadores e tem se reunido com figuras esdrúxulas do bolsonarismo mais xucro no Planalto, como o deputado federal Carlos Jordy (PSL) e outros nomes próximos de presidente e dos filhos. A rede bolsonarista tem atacado Dimas, no mesmo estilo do ‘Gabinete do Ódio’ abrigado no Palácio do Planalto, que detona adversários do presidente e espalha fake news. O outro derrotado bolsonarista, Ricardo Pericar (PSL), obteve 34 mil votos (9,2%).
Ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, reagiu aos ataques e mentiras lançados contra Dimas Gadelha: “A mentira não é de Deus. Somos cristãos porque somos defensores da vida e do povo”
Direita já vê a derrota no domingo
Capitão Nelson também ganhou o apoio do ex-deputado federal e ex-pastor da Igreja Universal Roberto Sales (PSD), derrotado no primeiro turno. Ele teve meros 9.359 votos (2,5%). A fraqueza dos aliados de Bolsonaro no Rio tem contaminado a campanha do Avante, mas outros também naufragaram no primeiro turno.
As forças da extrema-direita na região metropolitana do Rio foram minadas e desidratadas pelo eleitor. É o caso do irmão de Jordy, que concorreu a uma vaga na Câmara de Niterói e não se elegeu vereador. Renan Leal colocou a culpa em Bolsonaro. “Achou que era maior que o próprio projeto”, escreveu.
Diante do desespero, os aliados do Capitão Nelson decidiram recorrer à mentira e às baixarias, no esforço de reduzir o favoritismo de Dimas Gadelha. As mentiras se multiplicaram nessa reta final e o candidato petista vem sofrendo toda sorte de ataques.O ex-prefeito de Maricá Washington Quaquá saiu em defesa de Dimas, diante das mentiras espalhadas nas redes sociais pela campanha adversária, acusando-o de ser um opositor dos valores crisãos. “A mentira não é de Deus”, lembrou Quaquá, que é vice-presidente nacional do PT. “Somos cristãos porque somos defensores da vida e do povo”.
Por conta das mentiras e dos boatos que estão sendo espalhados pela máquina bolsonarista, o advogado da campanha do PT, Marcelo Larangeira, anunciou que está tomando medidas na Justiça Eleitoral para denunciar as fake news espalhadas pela campanha adversária, lembrando que a prática é crime previsto em lei. “Estamos sofrendo uma série de ataques cibernéticos absurdos e não vamos nos calar”, advertiu. “Estamos denunciando aos órgãos competentes, para que essas publicações sejam alvo de investigação e respondam civil e criminalmente”.
Da Redação