“Vivemos em uma era em que os filhos sabem mais que os pais. No meu tempo, levava 20 anos para conseguir uma informação que a juventude tem acesso em 20 minutos. Por isso, temos de ouvir os jovens sobre o futuro”. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preconizava, há três anos, a importância de trazer os jovens para a política. De construir a sociedade não apenas para esse grupo, mas fazê-lo protagonista do desenvolvimento do Brasil.
Resultado desta visão é o reconhecimento, justamente dos jovens, de que Lula é o único capaz de fazer O Brasil Feliz de Novo, mesmo que muitos sequer pertenciam à população economicamente ativa nos governos do PT. As últimas pesquisas eleitorais mostraram o ex-presidente com larga vantagem – 45% – sobre o eleitorado jovem, de 16 a 24 anos. Nas outras faixas etárias, Lula mantém os 37% que exibe no conjunto da população.
Em matéria publicada pela BBC News Brasil, especialistas apontaram que um dos fatores de eleitores jovens optaram pelo ex-presidente está no fato de ser um grupo menos conservador em relação aos costumes, portanto mais voltado às candidaturas de esquerda. Outro ponto destacado pela publicação é o reconhecimento de que nos 13 anos de governo do PT os brasileiros tinham emprego e oportunidades abundantes de ingresso na universidade, preocupações recorrentes dos jovens.
A pesquisa ‘Felicidade Futura’, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), corrobora com esse diagnóstico. Segundo o estudo, o jovem brasileiro é a principal vítima de uma crise econômica prolongada. As perdas reais de renda, observadas entre o período de pré-golpe, com as pautas bombas que travaram a economia, e o desgoverno do ilegítimo Temer, atingem com mais intensidade os jovens, segundo a pesquisa.
Ainda de acordo com o estudo da FGV, esse segmento da sociedade teve uma retração de renda de 8% por ano, ante 2,5% de encolhimento de renda na média geral do país. No subconjunto dos indivíduos com idades de 15 a 19 anos, a queda foi de 13% por ano.
PT, juventude e o futuro
Os resultados das pesquisas eleitorais impulsionaram os jovens do país. Na semana passada, foi criado o Comitê Nacional da Juventude com Lula, cujo ato de lançamento ocorreu em um dos redutos preferidos dos jovens paulistanos: a Praça Roosevelt, no Centro de São Paulo. A iniciativa da Juventude do PT contou com apoio de movimentos sociais, como o Levante Popular da Juventude e a União Juventude Socialista (UJS).
Projetos voltados para a juventude são fundamentais para o desenvolvimento do país, uma vez que o Brasil vive, em termos demográficos, uma onda jovem desde 2003, que deve se prolongar até 2023, segundo o estudo da FGV. A pesquisa apontou que nesse interregno haverá no país 50 milhões de jovens, o maior contigente dessa faixa etária que a sociedade brasileira já teve.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da BBC News Brasil