Em Bruxelas, na Bélgica, a Caravana Lula Livre entregou um documento jurídico ao Escritório das Nações Unidas nesta sexta-feira (28). O texto denuncia a arbitrariedade da prisão a qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está submetido desde o dia 07 de abril de 2018.
Presente no ato, o jornalista Bruno Falci, do Coletivo Andorinha e do núcleo PT Lisboa, ressaltou que o caráter político da prisão fica ainda mais evidente com as denúncias que têm sido feitas pelo site The Intercept Brasil. A divulgação de conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol mostram que ambos atuaram em conluio na operação Lava Jato para condenar Lula, mesmo quando não tinham provas.
“Estamos denunciando o processo totalmente ilegal e ilegítimo, liderado por um juiz que hoje é ministro do governo que ajudou a eleger” critica o jornalista lembrando que, após as eleições de 2018, Moro foi nomeado Ministro da Justiça por Jair Bolsonaro (PSL). Este último, só conseguiu vencer as eleições porque Lula, que liderava todas as pesquisas, foi preso injustamente e impedido de participar do processo.
Depois das denuncias do Glenn Greenwald [editor do The Intercept], fica claro que a Lava Jato é um instrumento politico para derrubar os processos democráticos progressistas
Bruno Falci contextualiza que, o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão de Lula, resultaram em uma série de retrocessos que vão de privatizações, a retirada de direitos trabalhistas e entrega do pré-sal.
“O pré-sal que foi entregue era o nosso passaporte para o futuro, como Luiz Inácio falou. Era uma verba garantida que ia para a educação e para a saúde do povo brasileiro. Hoje, está entregue ao capital estrangeiro. Sérgio Moro é um lacaio do capital estrangeiro, um juiz que tem lado e se alinhou à extrema direita internacional”, ressalta o jornalista.
Da Redação da Agência PT de Notícias