“Se a Globo condena o Lula sem provas, o povo condena a Globo”, cantam os jovens do Levante Popular da Juventude na ocupação que estão fazendo desde as primeira horas da manhã em frente à sede da TV Globo, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
Cerca de 150 jovens acamparam em frente ao prédio da emissora no Rio de Janeiro em mais uma ação dos movimentos populares em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato as eleições e, também, para denunciar o empenho da Rede Globo na condenação de Lula e da democracia, no retrocesso aos direitos sociais e trabalhistas.
Em nota, o Levante Popular da Juventude diz que “a emissora teve sua atuação questionada em diversos momentos da história e influenciou os principais episódios políticos“, que sustentou e apoiou “com uma atuação parcial durante o desenrolar do Golpe de 2016. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro constatou que entre dezembro de 2015 e agosto de 2016 o Jornal Nacional dedicou quase 13 horas de noticias negativas sobre Lula e nenhuma hora de notícias favoráveis”.
Luma Vitório, do Levante, critica as ações da TV Globo e da Justiça que, sem nenhuma prova, tentam condenar o ex-presidente em segunda instância, numa clara interferência no processo eleitoral brasileiro.
“Sob o mote ‘Globo condena Lula. Povo enfrenta a Globo’ os movimentos populares, entre eles MST e Levante Popular da Juventude, o judiciário do Moro não conseguiria sozinho condenar o Lula. Já tentaram várias manobras, mas o que sustenta a República de Curitiba e as inconstitucionalidades do processo é a Globo, que tem se empenhado para atacar Lula para que ele não concorra às eleições em 2018″, afirma.
Na ocupação da sede da TV Globo no Rio cartazes nomeiam a Rede Globo de Tribunal Federal da Injustiça e denunciam as investigações contra a corporação, entre elas o esquema de pagamento de propina para transmissão de jogos de futebol e sonegação fiscal.
Em todo o Brasil atos estão sendo programados para os dias 23 (vigília) e 24, dia em que O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, julgará recurso da defesa de Lula contra condenação em primeira instância.
Na manhã desta segunda-feira (22), movimentos sociais iniciaram marcha até o local onde ficarão acampados em defesa de Lula e da democracia, em Porto Alegre, até o julgamento.
Por CUT