Pimenta: Contradição e parcialidade entre a mídia e Judiciário

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), apontou as contradições de dois fatos político-midiáticos

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Casos envolvem mídia e Judiciário

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), apontou nesta quarta-feira (10) as contradições de dois fatos político-midiáticos que ocorreram recentemente: um deles envolveu a participação do apresentador Luciano Huck em um programa dominical da Rede Globo, e o outro diz respeito à Daniela Tagliari, chefe de gabinete do presidente do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.

Para o líder petista, basta trocar as figuras envolvidas nos recentes episódios para que a sociedade brasileira comprove a parcialidade que envolve a mídia e o Judiciário brasileiro.

Com relação a Huck, Pimenta lembrou que por mais de uma hora o apresentador apareceu em rede nacional e teve a oportunidade, como pré-candidato à Presidência da República, de expor seus projetos políticos.

O parlamentar lembrou que a Rede Globo é uma concessionária de serviço público, e isso condiciona a emissora a seguir prerrogativas estabelecidas na Constituição Federal. Para ele, a referida rede de tevê quebrou as regras estabelecidas, ao dedicar esse tempo durante sua programação dominical (Domingão do Faustão) à exibição de conteúdos do seu pré-candidato.

“Isso deve ou não ser considerado uma ilegalidade? Basta a gente pensar o contrário. Imagine se o presidente Lula tivesse recebido uma hora de um domingo da Rede Globo para apresentar seus projetos e planos para o Brasil? Qual teria sido a reação da oposição, qual teria sido a reação da grande mídia?”, disse Pimenta, convidando os brasileiros a seguirem esse raciocínio para responder aos questionamentos.

Outro exemplo apontado pelo parlamentar diz respeito à chefe de gabinete do presidente do TRF4, Daniele Tagliari, que publicou em sua página no Facebook um abaixo-assinado pedindo aos internautas apoio à condenação do ex-presidente Lula, que será julgado pelo TRF-4 nos próximos dias.

“Vamos imaginar o contrário. Imaginem ela publicando um abaixo-assinado dizendo: Lula é inocente! Lula foi condenado sem provas! Ou seja, a chefe de gabinete do TRF-4 fazendo campanha pela absolvição do Lula. Qual teria sido a reação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da mídia do País?”, questionou Pimenta.

“Quando você percebe algo dessa natureza, você se depara com a seletividade, com a maneira de como no Brasil, a grande mídia e setores do Ministério Público e do Poder judiciário tratam situações semelhantes de maneira distinta”, criticou o líder petista.

Pimenta justificou ainda o procedimento adotado pela Bancada do PT na Câmara, que ingressou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico contra a Rede Globo. “Temos que denunciar para mostrar, em primeiro lugar, que não vamos tolerar impunidade. Em segundo, que estamos atentos e vigilantes, porque temos clareza de que o que a Globo fez, além de ser um crime, é uma jogada eleitoral para mostrar na próxima pesquisa, a viabilidade ou não do seu pré-candidato”, alertou o parlamentar.

Do PT na Câmara

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