No Brasil, os negros e negras são a maioria da população, 54% segundo o IBGE, porém, são a parcela da sociedade que mais sofre com a pobreza, violência e descaso do governo. As mulheres negras são as maiores vítimas de violência obstétrica, abuso sexual e homicídio, de acordo com o Mapa da Violência.
A desigualdade também é uma triste realidade para essas mulheres. No país, mulheres brancas recebem 70% a mais do que negras, segundo dados do IPEA. Para lutar contra essas e tantas outras injustiças, há 25 anos foi organizado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, com o objetivo de debater formas de combate ao racismo e ao machismo existentes na sociedade. Foi desse encontro que surgiu o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, lembrado em 25 de julho, e oficializado pela ONU ainda em 1992.
Em 2014, a ex-presidenta Dilma Rousseff fez da data celebração nacional. Desde então, 25 de julho é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, como homenagem à lider quilombola.
Tereza foi rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso. Durante sua liderança, criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.
A data tem como objetivo relembrar ano após ano a necessidade de fortalecer a luta das mulheres negras por equidade.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações da Revista Cult