Partido dos Trabalhadores

Gleisi requer ao MRE informações sobre reunião de Bolsonaro com Biden

Segundo matéria da Bloomberg, Bolsonaro pediu ajuda ao presidente dos EUA, Joe Biden, em sua candidatura à reeleição durante uma reunião privada à margem da Cúpula das Américas

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Presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Foto: Reprodução

A presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada federal (PR) Gleisi Hoffmann, protocolou junto à Mesa da Câmara dos Deputados requerimento para obter informações do Ministro de Estado das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, acerca da reunião entre o  presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Los Angeles, no dia 9 de junho de 2022.

De acordo com o requerimento, “segundo a matéria, o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro pediu ajuda ao presidente dos EUA, Joe Biden, em sua candidatura à reeleição durante uma reunião privada à margem de uma cúpula regional nesta semana, retratando seu oponente de esquerda como um perigo para os interesses dos EUA, segundo pessoas familiarizadas com o assunto”.

VEJA A ÍNTEGRA DO REQUERIMENTO

O pedido da presidenta do PT tem por base matéria da agência de notícias Bloomberg, publicada no último dia 11, informando que o presidente Jair Bolsonaro teria pedido ao Presidente estadunidense, Joe Biden, que interviesse no processo eleitoral brasileiro. O pedido teria sido apresentado em reunião bilateral ocorrida no dia 9 de junho, por ocasião da Cúpula das Américas, na cidade de Los Angeles.

Diante do fato, a presidenta Gleisi Hoffmann solicita:

1. nomes de todos os participantes da reunião presidencial bilateral;
2. duração da reunião;
3. relato pormenorizado e contextualizado dos temas tratados nessa
reunião;
4. eventuais decisões tomadas e compromissos assumidos, em razão
dessa reunião bilateral.

Para Gleisi, “trata-se, obviamente, de informação alarmante, que confirma a intenção do presidente Bolsonaro de não aceitar uma eventual derrota no próximo pleito eleitoral e de recorrer a toda sorte de expedientes ilícitos para evitar a provável vitória do ex-presidente Lula”.

“Ressaltamos que pedido a um chefe de Estado estrangeiro para que intervenha em processo eleitoral interno representa grave agressão à democracia e à soberania nacional”, reafirma Gleisi destacando que, em caso de confirmação, a situação configura “crime de responsabilidade contra a existência política da União.

Da Redação