Com mais de 200 mil casos de casos prováveis de dengue no país em 2024, o governo Lula intensifica campanha de vacinação e mobilização nacional no combate ao transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Em reunião com Conass, Conasems e secretários de Saúde, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância de uma mobilização conjunta para lidar com alta de casos e reforça para a população brasileira que grande parte da transmissão acontece dentro das residências.
“Isso é o que nós temos que ter muita clareza neste momento. Não podemos esquecer que 75% da transmissão ocorre dentro das casas. Então, há esse apelo para um trabalho de governo, mas também dos cidadãos, das cidadãs, de cada família para cuidar desse ambiente”, afirma a ministra Nisia.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), em 2024, o Brasil registrou 217.481 casos prováveis de dengue, sendo 51.448 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a 6/1), 62.665 na semana 2 (7 a 13/1), 71.779 casos prováveis de dengue na semana 3 (14 a 20/1) e 31.589 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4).
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Profissionais de saúde
A ministra da Saúde reforça ainda a importância de a população receber em casa os profissionais de saúde, que são especialistas no combate às endemias.
“Chamo a atenção para o papel fundamental dos agentes comunitários de endemias nesse controle e também dos agentes comunitários de saúde. É hora de termos, juntos, os médicos, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, todas as equipes de saúde mobilizadas, porque infelizmente vivemos situações em que pode haver o agravamento (dos casos)”, segundo a ministra.
Pioneiro na vacinação contra a dengue
Pioneiro na distribuição de vacinas contra a dengue, o Brasil recebeu no dia 20 de janeiro, a primeira remessa de vacinas contra a dengue com aproximadamente 750 mil doses. As vacinas serão disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina fornecidas pela farmacêutica Takeda sem cobrança ao MS. Em fevereiro, o país deve receber uma segunda remessa, com 570 mil doses.
A intenção do governo Lula é imunizar até o fim do ano mais de 3,2 milhões de brasileiros e brasileiras, e para 2025, o ministério já contratou 9 milhões de doses para o povo brasileiro.
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Confira a lista das regiões de saúde contempladas aqui.
Inclusão da vacina
O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
Aprovada pela Anvisa em março do ano passado, a vacina japonesa está disponível em clínicas privadas desde julho. O imunizante pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos de idade para prevenir a dengue, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
A vacina é composta por quatro sorotipos distintos. O imunizante utiliza a tecnologia de vírus atenuado, em que a vacina traz o vírus da dengue modificado de forma a infectar, mas não causar a doença. No esquema de duas doses com intervalo de 90 dias, a vacina teve eficácia de 80,2% contra a dengue, com período de proteção de 12 meses após o recebimento da segunda aplicação.
Estoques de inseticidas
O Ministério da Saúde normalizou os estoques de inseticidas, que estavam em situação crítica desde o governo bolsonarista. Ao todo, foram distribuídos 142,5 mil quilos de larvicida; 9,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual em pontos estratégicos; e 156,7 mil litros do adulticida para aplicação espacial a Ultra Baixo Volume (UBV).
Para 2024, foram realizadas novas aquisições, sendo 400 mil quilos de larvicida e 12,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual. Todos os estados do país estão abastecidos com os insumos. Conforme o ministério, também está em andamento a pactuação de apoio assistencial aos estados em situação de emergência.
O reabastecimento também foi possível para os testes diagnósticos de controle da dengue: 126,04 mil reações de teste sorológico foram distribuídas, além de 47,6 mil unidades de exames de biologia molecular. Houve aquisição, ainda, de sais de reidratação oral, equipamentos portáteis para contagem de hemácias e de plaquetas.
A nova gestão do Ministério da Saúde com o governo Lula também expandiu, em 2023, o método Wolbachia como estratégia adicional de controle das arboviroses. A pasta fez o repasse de R$ 30 milhões para ampliar a tecnologia em seis municípios: Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC), além das cidades já incluídas na pesquisa.
Da Redação, com informações do Ministério da Saúde