SUS começa vacinação contra a dengue em fevereiro, para público de 10 a 14 anos

Governo Lula já contratou mais de 14 milhões de doses, fazendo com que o Brasil seja o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público

Divulgação Takeda/Site do PT

Vacinação começará por grandes cidades onde há maior incidência da doença

O governo Lula anunciou, na quinta-feira (25), que a vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) começará já em fevereiro. Assim, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

Na primeira etapa, serão protegidos crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades de mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão da doença e com maior predominância do sorotipo DENV-2.

Ao todo, 521 municípios brasileiros, de 16 estados e do Distrito Federal, preenchem esses critérios.

Clique aqui e confira as cidades por onde se iniciará a vacinação

De acordo com o Ministério da Saúde, a faixa de 10 a 14 anos é a segunda com maior número de hospitalizações por dengue (16,4 mil entre janeiro de 2019 e novembro de 2023). O grupo mais afetado é o de idosos, mas, para eles, a vacina não foi liberada pela Anvisa.

Mais de 14 milhões de doses até 2025

A vacina oferecida pelo SUS é a Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O imunizante pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos, que tenham tido ou não a doença, e exige duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias (3 meses) entre elas.

A vacina protege contra quatro sorotipos de dengue. Ela utiliza a tecnologia de vírus atenuado, em que a vacina traz o vírus modificado de forma a estimular o organismo a produzir anticorpos contra a doença. 

No esquema de duas doses com intervalo de 90 dias, a vacina teve eficácia de 80,2%, com período de proteção de 12 meses após o recebimento da segunda aplicação.

A primeira remessa, com cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil no último sábado (20). O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. 

Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. Dessa forma, o Brasil poderá imunizar, até o fim deste ano, mais de 3,2 milhões de pessoas. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.

Focos em residências

Ao apresentar a estratégia de imunização, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que o combate à dengue (e de outras enfermidades, como a zika e a chikungunya) deve se dar não só por meio da vacina, mas também por uma série de outras ações.

Ela ressaltou que 75% dos focos do mosquito transmissor estão em residências, o que mostra a importância da participação da população. “Reduzir os casos de dengue tem que ser uma ação do governo, mas também de cada cidadão. Tem que ser uma união de esforços”, defendeu. 

SAIBA MAIS: Veja como se proteger e conheça os principais sintomas da dengue

A ministra também destacou os riscos representados pela dengue. “É uma doença que, em alguns casos, agrava, e para isso, estamos adotando medidas para evitar hospitalizações e mortes que são evitáveis”, disse.

Da Redação, com informações do Ministério da Saúde

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