Partido dos Trabalhadores

Haddad reafirma compromisso de revogar teto de gastos

Candidato à presidência visitou a Fundação Oswaldo Cruz, no RJ e reafirmou compromisso de seu governo de promover a revogação da EC 95

Ricardo Stuckert

Fernando Haddad, o candidato de Lula, visita a Fundação Oswaldo Cruz

O candidato do Lula, Fernando Haddad, visitou a Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (2). Do lado de fora do prédio, uma multidão esperava por Haddad.

Antes de entrar na Fiocruz, Haddad falou com a imprensa, inclusive internacional. O candidato afirmou que seu governo tem a meta de atingir o 6% do PIB em investimento em saúde. “Nós já atingimos essa marca, de 6%, na educação quando eu era ministro. Até superamos. E ainda é insuficiente. Na saúde estamos perto de 4% do PIB. Temos que rapidamente ampliar os investimentos até 6% pra saúde. Sobretudo para ter espaço para pesquisa e a Fiocruz oferece condições excelentes de promoção em pesquisa em saúde”, falou.

Perguntado sobre com quais recursos ele pretende governar, Haddad reafirmou seu compromisso em promover a revogação da EC 95 e a reforma tributária, para juntas dar confiança à população brasileira de que as finanças públicas estarão equilibras. “Nós temos que dar ênfase à reforma tributária porque os muitos ricos não pagam imposto. Hoje quem paga imposto é pobre. E os pobres precisam pagar menos para voltar para o mercado de consumo e reativar a economia. Mas a primeira emenda constitucional que precisa ser aprovada é a reforma tributária, inclusive cancelando a EC 95, num movimento só. Porque eu preciso de dinheiro pra investir, mas também garantir sustentabilidade das finanças públicas, fazer as economias necessárias pra pagar dívida pública”.

Haddad falou que tem confiança de que terá suas reformas aprovadas pelo Congresso porque, para ele, “não existe senador e deputado que não esteja arrependido de ter votado” o teto de gastos.

Ele afirmou que sua candidatura tem sofrido muitos ataques do PSDB, mas essa postura não está favorecendo o partido de Geraldo Alckmin. “Está favorecendo o fascismo. Quanto mais se alimenta o ódio, mais o fascismo vai crescer. Isso aconteceu na Alemanha, na Itália. E parte expressiva da elite brasileira abandonou a social democracia pelo fascismo”, disse.

Para um repórter argentino, Haddad falou sobre a importância de que os dois países se unam, por mais que tenha divergências ideológicas que tenha com Maurício Macri, presidente da Argentina, quem Haddad chamou de amigo. “Porque política de governo é uma coisa e política de estado é outra”.

Por lula.com.br