Militantes de todo Brasil se organizaram e criaram mais de dois mil comitês populares, dando um exemplo de resistência e força popular.
Em defesa da democracia, da imparcialidade judicial e do direito do ex-presidente Lula ser candidato trabalhadores, sindicalistas, jovens, militantes fizeram de suas casas, de seu trabalho, das sedes partidárias e de associações comunitárias comitês que funcionam como verdadeiras trincheiras contra o golpe.
A criatividade e o empenho não tem fim. Até um comitê móvel foi criado na Bahia, promovendo ações itinerantes por todo o estado. Em Anápolis (GO) a dona Leonidas de 91 anos coordenou e criou em sua casa e nas de seus filhos três comitês populares.
Em Manaus (AM), mulheres também se uniram em resistência ao golpe, elevando o número de comitês no Amazonas para 320. Em Goiânia, Rosilda Andrade se auto declarou “um comitê popular”.
Os comitês populares funcionam como um agrupamento de militantes ou não, filiados ou não, sindicalistas ou não, que resistem à retirada de direitos, aos abusos do Judiciário, à parcialidade da Justiça e à tentativa de corromper a eleição de 2018 a partir do impedimento de Lula. Os grupos distribuem materiais, ajudam no esclarecimento da população, promovem atos em suas cidades ou bairros.
Em Goiás, uma iniciativa do PT estadual mudou a cara dos comitês populares ao dar o caráter literal “petista de carteirinha”. Os coordenadores dos 254 comitês constituídos recebem uma carteirinha de identificação incentivando e reconhecendo o trabalho da militância.
Comitês internacionais
Até fora do país comitês foram criados, como o Comitê Internacional de Solidariedade a Lula localizado em Londres. O evento contou com a presença de brasileiros dos movimentos Democracy for BRASIL UK, PT Londres e Arts for Democracy, além de militantes de outros países, como Bolívia, Peru, Portugal e França.
Em Paris estão sendo organizadas ações na Torre Eiffel pelo núcleo petista que também divulgou à imprensa parisiense uma cara denunciando o golpe que, em sua terceira fase, busca inviabilizar a candidatura de Lula para manter a cartilha neoliberal e golpista no Brasil.
Os comitês também estão à frente das caravanas e atos organizados em Porto Alegre entre os dias 22 e 24, quando serão julgados os recursos de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4a região. Não só na capital gaúcha, mas em todos os estados, os comitês também preparam ações e vigílias junto aos diretórios do PT, de outros partidos e de movimentos sociais nas sedes das justiças federais e fóruns.
Ana Flávia Gussen da Redação da Agência PT de Notícias