Partido dos Trabalhadores

Jilmar Tatto: combate às mentiras bolsonaristas deve ir além da lacração

Secretário de Comunicação do PT defende uma atuação nas redes que, ao mesmo tempo, rebata os ataques da extrema direita e promova a educação política da sociedade

Divulgação

Deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), Secretário Nacional de Comunicação do PT

A luta contra os ataques mentirosos feitos pela extrema direita ao PT deve ser feita por uma militância não só engajada, mas bem informada e capaz de promover um debate político sério com a sociedade. 

É o que defendeu o secretário nacional de Comunicação do partido, deputado federal Jilmar Tatto (SP), em matéria publicada pelo Jornal O Globo no domingo (25).  

“A linguagem da lacração não educa”, ressaltou Tatto, que defendeu um contra-ataque às falsas narrativas que o bolsonarismo segue espalhando nas redes sociais contra Lula e o Partido dos Trabalhadores.

Mas para que esse contra-ataque seja efetivo, é preciso “dar sentido para a militância se engajar digitalmente”, completou o secretário. 

Seminários

Esse trabalho de preparação dos membros, filiados e militantes já começou a ser feito este ano, com seminários de comunicação em diferentes cidades.

O primeiro ocorreu em abril, na sede nacional do PT, em Brasília, reunindo comunicadores do partido de todo o país. Em seguida, um evento foi realizado em Porto Alegre, e outro deve ocorrer em breve em Florianópolis.

Segundo o casal de pesquisadores Fernanda Sarkis e Marcus Nogueira, que estuda a atuação da extrema direita no mundo e tem participado desses encontros, o bolsonarismo utiliza todo tipo de estratégia de desinformação para espalhar narrativas falsas sobre o PT, especialmente pela internet.

Os ataques mais comuns, apontam os pesquisadores, tentam relacionar o PT e a esquerda a temas como corrupção, “ideologia de gênero”, aborto, drogas, comunismo, impunidade (sob o discurso de que “direitos humanos é defesa de bandido”), perseguição religiosa, violência, doutrinação na escola, censura, “invasão” de propriedade e “destruição da família”.

Fernanda Sarkis disse ao Globo que, nos seminários, a militância se mostra muito interessada em debater o tema e encontrar formas de reagir a esse ataque bolsonarista. 

“Ainda não há uma resposta objetiva, mas elas estão começando a entender com mais lucidez como funciona esse ecossistema de desinformação”, analisou a especialista.

Da Redação