“Formar, informar e mobilizar”, por Jilmar Tatto

“O PT deve fortalecer sua comunicação e, consequentemente, a própria capacidade de dialogar com seus filiados e filiadas, militantes e sociedade em geral”, defende o secretário nacional de Comunicação do partido

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Jilmar Tatto, secretário nacional de Comunicação do PT (Foto: Divulgação)

Os desafios para a comunicação no Brasil, que são históricos, agravaram-se nos últimos anos. O bolsonarismo, alinhado ao trumpismo e a um movimento coordenado de ofensiva da extrema direita no mundo, banalizou os ataques à imprensa enquanto uma verdadeira indústria de fake news e de discursos de ódio invadiu celulares e computadores de milhões de brasileiras e brasileiros.

Como um partido que assumiu, junto com seus aliados, a tarefa de reconstruir o Brasil, o PT tem a responsabilidade de, ao mesmo tempo, lutar pelo desenvolvimento de uma comunicação democrática e plural no Brasil e promover uma sistemática disputa de narrativa contra a extrema-direita. É preciso defender e afirmar a democracia, a correta versão dos fatos e o interesse público.

Para tanto, além de lutar pelas mudanças necessárias na área de comunicação do país, o PT deve fortalecer a própria capacidade de dialogar com seus filiados e filiadas, militantes e sociedade em geral. O partido deve continuar a apostar no fortalecimento de seus canais, especialmente os digitais, uma vez que as disputas políticas e de narrativa acontecem, cada vez mais, nas redes sociais e na internet.

A expansão do meio digital permite que as informações — corretas ou não, verdadeiras ou fraudulentas — se disseminem em uma velocidade cada vez maior, exigindo uma capacidade de reação igualmente mais poderosa.

Contar com as ferramentas necessárias para a produção de conteúdos, de uma rede ampla e integrada de comunicação para difundir sua mensagem, com serviços de monitoramento refinado e em tempo real, com o domínio da linguagem mais adequada para cada canal é essencial para um partido que vive sob constante ataque, devido a sua força e seu projeto de país, que incomoda poderosos domésticos e estrangeiros.

Hoje, qualquer partido, entidade ou instituição que abrir mão do fortalecimento de sua capacidade de comunicação corre o grave risco de ser engolido pelo avanço de narrativas que deturpam fatos e espalham mentiras, sem nenhum compromisso com os interesses do povo e do país.

Afirmar nossa visão de mundo e nossas propostas para os trabalhadores e para a nação é tanto um objetivo a longo quanto a curto prazo. Afinal, sabemos que a construção do Brasil que sonhamos será longa, mas temos, hoje, que assegurar o sucesso do governo Lula na luta contra a fome, o desemprego, a inflação, a injustiça fiscal e o abandono dos mais frágeis.

Logo mais, em 2024, passaremos por novas eleições em nível municipal. Não podemos nos descuidar. É necessário formar, informar e mobilizar. Sempre.

Jilmar Tatto, secretário nacional de Comunicação do PT e deputado federal (PT-SP)

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