Depois de mais de 100 dias de injustiça, Sidnei e Preta Ferreira enfim conseguiram um Habeas Corpus e puderam deixar a prisão. Mas a perseguição aos movimentos sociais não acabou. Em retaliação a merecida liberdade daqueles que lutam por moradia, os familiares de Preta e a vereadora petista Juliana Cardoso sofreram uma abordagem covarde da polícia militar quando estavam a caminho de buscar Sidnei.
Para Juliana, a ação policial não foi por acaso: “A gente acredita que a polícia já estava atrás do carro desde o momento em que os familiares da Preta e do Sidnei saíram do Tribunal. “Os policiais já estavam preparados para abordar, forjar um flagrante e prender a irmã da Preta. Então na hora que viram uma autoridade, uma vereadora junto, eles ficaram sem saber o que fazer”, afirmou em entrevista à Revista Forum.
Abuso de autoridade
Os momentos de tensão e medo sofridos pelos familiares de Preta foram registrados em vídeo, onde é possível notar o despreparo policial. Um dos agentes desce do carro, com a arma em punho, já apontando para os integrantes do carro. “Eu desci do carro e já me apresentei como vereadora. Mas os policiais me ignoraram, mandaram a gente colocar as mãos na cabeça e encostar na parede. Isso é abuso de autoridade. Pretendo registrar BO, relatar o ocorrido à ouvidoria e aos conselhos policiais responsáveis. Importante para minha segurança e proteção”, revelou a vereadora.
“Comando do governador”
Juliana também destacou a constante perseguição sofrida pelos movimentos sociais e pelos parlamentares de esquerda, estimulada por outras autoridades: “O presidente da República e o governador de São Paulo estimulam o ódio contra movimentos sociais e parlamentares de esquerda. A liberdade da Preta e dos demais incomodou os agentes de segurança, que não querem deixar barato. Era uma ação orquestrada, acho que é um comando do governador”, criticou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Revista Fórum