A poucos dias de o povo ir às urnas para escolher o projeto oferecido ao país para os próximos quatro anos, a estratégia para manter Fernando Haddad na disputa do segundo turno das eleições presidenciais continua a mesma: mostrar o imenso legado deixado durante os governos do PT e convocar a militância para manter a mobilização nas ruas. Isto é o que pensa e deseja Lula, que enviou o recado por meio do deputado federal Wadih Damous (RJ) nesta quarta-feira (3), após visita ao ex-presidente em Curitiba.
Para o parlamentar, que segue na luta para encerrar a prisão política de Lula e manter o seu direito de conceder entrevistas, a orientação é não se deixar intimidar pelas pesquisas. “O PT é um partido experiente em campanhas eleitorais. Mesmo quando o caminho não está favorável ele sempre é revertido nas ruas. Por isso, Lula me pediu para avisar a militância a não se deixe levar por pesquisas e que saiam às ruas para ganharmos as eleições”, revelou Damous.
O deputado também fez questão de transmitir a mensagem enviada por Lula ao candidato a presidente Fernando Haddad, que tem mantido postura propositiva enquanto seus adversários seguem produzindo notícias falsas e ataques contra o petista:”Lula elogiou muito Haddad e acha que o ex ministro tem se comportado de maneira exemplar no processo eleitoral. O ex-presidente não está preocupado com o desempenho de Haddad e tem a certeza que sua participação no último debate elevará ainda mais a sua imagem perante à opinião pública”.
Damous se refere à participação de Haddad no debate que será transmitido nesta quinta-feira (4) pela Rede Globo, o último antes da votação do primeiro turno. Para ele, a preocupação agora é se manter na briga e, após o pleito de domingo, traçar os planos para o segundo turno.
“Nossa preocupação é ir para o segundo turno, que será outra eleição. O antipetismo surgido nos últimos dias não nos preocupa, até porque ele é fabricado por órgãos de imprensa e parte do judiciário. Mas a razão primordial para tantas críticas ao PT são as politicas sociais e de inclusão realizadas pelo partido, que ameaçam determinados interesses”, avalia.
Quando perguntado sobre como enfrentar o candidato da extrema-direita, que não tem nenhum projeto para país, o deputado é enfático: a receita para vencer as eleições é mostrando o legado. “Nós temos o legado e é isso que vai ser mostrado. Nossa preocupação agora é tratar de ir para o segundo turno. Mas as estratégias só serão tratadas após os desdobramentos do primeiro turno”, conclui.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias