Ao reencontrar o povo do Rio Grande do Sul, em um imenso comício no coração de Porto Alegre, na noite desta sexta-feira (16), Lula levou uma mensagem de otimismo e certeza da capacidade dos brasileiros e brasileiras de reconstruírem o país após quatro anos de destruição.
“Nós renascemos nos nossos filhos, renascemos nos nossos netos e viemos ao mundo para transformar este país numa grande nação. Uma grande nação geradora de felicidade, de oportunidade, de conhecimento”, disse Lula ao final de seu discurso (assista à integra no fim desta matéria).
As palavras escolhidas para terminar sua fala faziam eco com o que havia dito logo no início: “Estou feliz porque a gente vai recuperar este país para o povo brasileiro. Estou feliz porque a gente vai derrotar esse genocida e voltar a governar este país de forma democrática”.
Lula disse ter certeza de que é possível vencermos estas eleições. E vencer já no primeiro turno. Por isso, pediu o empenho de todos para conquistar os votos que faltam para que a vitória ocorra já em 2 de outubro. E pediu também votos para o seu time de deputados e deputadas e para Olívio Dutra (PT), candidato ao Senado, e Edegar Pretto (PT), candidato ao governo.
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“Se depois de vocês votarem nos deputados e deputadas estaduais do nosso time, nos deputados e deputadas federais do nosso time, no senador (Olívio), e no governador (Edegar), vocês ainda tiverem saco, por favor, votem em mim para presidente da República, para a gente poder consertar este país”, pediu.
Para fazer mais e melhor
Para recuperar o país, Lula se comprometeu a criar empregos de qualidade e com direitos, a tratar saúde e educação não como gasto, mas como investimento, e a voltar a investir em grandes obras, como ele e Dilma fizeram quando governaram.
“Nunca, na história deste país, o governo federal colocou tanto dinheiro neste estado como os governos do PT. E fizemos investimento quando o governador era do MDB, quando a governadora era do PSDB ou quando o Tarso Genro (PT) era governador e a Dilma, presidenta”, lembrou.
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“Só tem sentido a gente voltar a governar este país se a gente fizer mais e melhor. Se a gente acabar com a fome outra vez e gerar a quantidade de empregos que nós geramos”, prosseguiu, assegurando que vai recriar os Ministérios da Cultura, da Pesca e das Mulheres e criar os Ministérios dos Povos Originários e da Segurança Pública.
Lula disse ainda que quem nasce para a luta não tem tempo de ficar em casa e não desiste da vida de luta. “E eu tenho uma causa que é melhorar a vida do povo brasileiro, que é acabar com a fome, que é gerar emprego. Nós já conseguimos isso uma vez. Junto com vocês, vamos levantar a cabeça e dizer: nunca mais um genocida como o Bolsonaro vai ganhar as eleições neste país.”
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Edegar, Olívio e a retomada do Brasil pelo povo
Candidato a governador, Edegar Pretto (PT), afirmou que, se eleito, vai criar uma frente de combate à fome e à miséria no estado, que tem hoje 1,6 milhão de pessoas passando fome e 5,4 milhões, quase metade da população, na pobreza.
“Nenhum pai, nenhuma mãe, se eu tiver a honra de ser governador, vai dormir preocupado se vai ter comida para os seus filhos”, garantiu. “Companheiros agricultores, se preparem. Arrumem suas roças, produzam, porque no governo do Edegar Pretto, o Estado vai ser o maior cliente da agricultura familiar. Vamos botar para as pessoas alimentação com sinônimo de saúde”, completou.
Já o candidato ao Senado Olívio Dutra (PT) pregou a retomada do país para os brasileiros. “Para nós, a política é a construção do bem comum com o protagonismo das pessoas. Por isso, cada um deve ser sujeito e não objeto dela”, definiu.
“Nós queremos o Brasil reconquistado para o seu povo, respeitado na sua pluralidade e diversidade. A bandeira do Brasil é a bandeira da pátria, é nossa bandeira. Não é propriedade de um partido, de uma pessoa nem de um grupo. Viva a democracia, viva o povo. É Lula lá, Edegar Pretto aqui”, bradou.
Dilma, Gleisi e a força das mulheres
Também discursaram a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a ex-presidenta Dilma Rousseff, que destacaram a importância das mulheres, que formam a maioria do eleitorado brasileiro, para a vitória de Lula, preferencialmente já no primeiro turno.
“Hoje, o nosso desafio é entregar, para nós mesmos, essa eleição. Pra gente poder recuperar o Brasil. E a gente vai ter mais força se nós ganharmos nesses próximos 15 dias. Então, pedimos não só o voto de cada um de vocês, mas também a decisão de conquistar mais um voto, seja no seu local de trabalho, seja na sua igreja, seja na sua família, seja na vizinhança, seja entre seus conhecidos e amigos”, disse Dilma.
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Gleisi, por sua vez, pregou a união das mulheres: “Nós mulheres temos um dever para com esse povo. Nós não podemos deixar que esse ser retrógrado, maldito, esse ser violento continue governando o nosso país, infernizando a vida do nosso povo e levando o Brasil ao retrocesso. Portanto, mulheres, uni-vos. Vamos tirar Bolsonaro e colocar Lula”.
Também falaram o candidato a vice na chapa de Edegar Pretto, Pedro Ruas (PSol); o ex-governador Tarso Genro (PT-RS); o senador Paulo Paim (PT-RS); Manuela D’Ávila, vice-presidente nacional do PCdoB; senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); Luis Tibé, presidente nacional do Avante; Marcio Souza, vice-presidente estadual do PV.
Da Redação