Sabe aquela sensação de que, toda vez que você vai no mercado, as coisas estão mais caras? Não é só sensação, mas realidade, mostra estudo do Procon-SP na capital paulista.
Todo mês, o órgão pesquisa, em parceria com o Dieese, os preços de uma cesta básica formada por 39 itens, que reúne produtos de alimentação, limpeza e higiene pessoal.
Em maio passado, essa cesta se tornou, pela primeira vez, mais cara que um salário mínimo, custando R$ 1.226,12 (o mínimo hoje é de R$ 1.212). E continuou subindo nos meses seguintes.
Em junho, o valor dessa cesta já subiu para R$ 1.251,44. E, agora, em julho, para R$ 1.266,92. Em 2022, não houve um mês sequer em que o valor da cesta baixasse ou pelo menos continuasse igual (veja gráfico abaixo).
Alta bem acima da inflação
Nos últimos 12 meses, o custo dessa cesta básica aumentou 18,98%, bem acima da inflação (IPCA), que está em 10,04% nos últimos 12 meses.
Nesse período, três produtos subiram mais de 70% na capital paulista: cebola (alta de 85,58%), batata (80,63%) e leite UHT (71,90%).
Não adianta Jair Bolsonaro anunciar uma queda artificial na inflação para fingir que as coisas estão melhorando para o povo. O brasileiro come cada vez menos e aqueles que ainda não passam fome têm sido obrigados a desistir de produtos quando chega a hora de pagar.
Bolsonaro desmontou as políticas de combate à fome criadas por Lula, deixou o preço dos alimentos disparar e quem sofre são os mais pobres e a classe média. Chega. Fora Bolsonaro.
Da Redação