Efeito Bolsonaro: gás de cozinha sobe mais que o dobro da inflação

Em um ano, o preço do botijão e do gás encanado subiu mais de 20% e leva povo a tomar banho frio por falta de dinheiro. Valor da conta de gás já ultrapassa o da conta de luz

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Vilão: Gás de cozinha segue em alta e sobe mais que o dobro da inflação

A vida do povo brasileiro não está fácil. Com 33 milhões de pessoas passando fome e 14 milhões de desempregados, Bolsonaro e Guedes não aliviam nem no preço do gás de cozinha, que segue em alta e já subiu mais que o dobro da inflação.

Em um ano, o gás encanado acumula alta de 26,29% e o botijão, de 21,36%, conforme o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás).

O aumento no valor do gás foi mais que o dobro da inflação no período de 12 meses, o que refletiu nas vendas do gás de botijão, com queda de 4% de janeiro a julho de 2022.

Para o consumidor, a saída com a conta de luz alta e a do gás também tem sido adotar estratégias para reduzir custos como banho cronometrado (ou gelado) ou substituição de eletrodomésticos na hora de cozinhar.

Troca do gás pela lenha

Há ainda pessoas que vivem em situação de pobreza e acabam adotando o recurso da lenha para cozinhar. A consequência desse cenário é o aumento no número de vítimas por queimaduras.

Recentemente, divulgamos que no Rio de Janeiro, no Hospital Estadual Alberto Torres, que é referência no tratamento de queimaduras, o número de internações subiu 43% em 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Conforme os médicos, o aumento da pobreza é uma das explicações para esses acidentes.

Manobra eleitoreira de Bolsonaro não reduz preço do gás

É complexo para o povo entender a conta do governo bolsonarista. No último mês, a Petrobras fez duas reduções artificiais no preço do diesel e três no da gasolina, graças às manobras eleitoreiras de Bolsonaro, mas e o gás de cozinha?

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Mello, afirma que mesmo com a queda do imposto ICMS, o impacto não foi tão significativo para o consumidor:

“A questão fiscal teve impacto, mas não é comparável com diesel e gasolina. A alíquota do GLP (gás liquefeito de petróleo) no Rio já estava em 12%, portanto, não afetou tanto o produto. Na média, o impacto da redução do ICMS no GLP foi de queda de R$ 2,50 a R$ 2,60 por botijão”.

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24 milhões de toneladas de lenha

Outro dado que demonstra o cenário avassalador dos brasileiros e brasileiras no enfrentamento à crise econômica do país, é de que o uso de lenha em casas foi maior do que o uso de gás de cozinha em 2021, quando 24 milhões de toneladas de lenha foram utilizadas como fonte de energia pelo povo brasileiro.

A perda do poder de compra dos brasileiros está entre as justificativas pela troca da matéria-prima.

Conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), compilados pelo Poder360, em 2021, o uso de lenha representou 26% da matriz energética residencial. O GLP (gás liquefeito de petróleo) ou “gás de cozinha” representou 23% do total.

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Da Redação, com informações de O Globo e Poder360

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