A deputada Maria do Rosário (PT/RS) ingressou esta semana com requerimento em caráter de urgência para que adolescentes de 12 a 17 anos sejam incluídos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, com apoio de entidades estudantis e movimentos de juventude.
“Não se trata de disputar a prioridade, pois temos que observar as recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre os públicos mais vulneráveis, mas de buscar a meta dos 70% de imunizados incluindo essa parcela da população de circula muito, estuda e em parte até mesmo trabalha, e que necessita estar imunizada para poder proteger familiares, amigos e comunidade escolar”, afirmou a deputada, que é também presidente da Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O pedido se baseou na existência de cerca de 20 milhões de adolescentes no Brasil (IBGE,201), muitos deles com frequência escolar, cuja exclusão no Plano de vacinação mantém o alto risco de contaminação da comunidade escolar e das famílias.
A segurança sanitária a partir da comunidade escolar passa necessariamente pelos adolescentes, observa o pedido. De acordo com os signatários, “sendo esse um grande contingente populacional que convive em ambientes os quais, sem a previsão da vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos, poderão acarretar na continuidade da circulação do vírus, da mutação e da evolução viral, onde novas cepas poderão surgir e prejudicar o combate à pandemia da COVID-19”.
O pedido também argumenta que a situação coloca em risco estudantes, funcionárias/os de escolas, professoras e professores, bem como mães e pais e familiares em geral, e por fim toda a sociedade.
A Anvisa autorizou o uso da vacina, mais precisamente a Pfizer, para este público, o que já está ocorrendo nos Estados Unidos da América, Canadá, Chile, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Israel, Espanha, China, Japão, Cingapura e ainda outros países, onde já iniciou ou já se autorizou a vacinação nesta faixa etária.
Apoiam esta iniciativa a UNE, UBES, UGES, UEE, UMESPA e o Grêmio Estudantil Maio de 68 da Fundação Liberato.
Da Redação