O ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a volta de um governo democraticamente eleito, que resgate a experiência de avanços sociais dos governos Lula e Dilma, como solução para a retomada da segurança política e jurídica e para o enfrentamento do projeto antinacional em curso no Brasil com o governo de Michel Temer. A declaração foi dada nesta quarta-feira (9), durante o programa Contraponto, do jornalista Ricardo Mello, na Rádio Trianon AM, em resposta à questionamento feito pelo jornalista Paulo Moreira Leite.
“Nesses 13 anos, o povo viveu uma mudança fantástica de inclusão social, do Bolsa Família, do Prouni, do Fies, do Ciência Sem Fronteiras, do Minha Casa Minha Vida, do Pronatec, de programas que começaram a distribuir renda riqueza e poder, que criou um mercado interno de consumo de massas. O país ganhou projeção internacional, lideramos a integração regional, Mercosul Unasul, os Brics, um prestígio que nós nunca tivemos na política externa, com altivez com atitude, com grandeza”, explicou o ex-ministro. “Então, esse Brasil, por mais que hoje os principais veículos de comunicação tentem destruir, abafar e impedir o debate, esse Brasil vai voltar”, afirmou Mercadante.
Segundo Mercadante, a volta desse projeto deve ocorrer “ porque é muito forte essa experiência na vida do povo e cada dia que passa vai ficando mais claro o que esse condomínio golpista representa e que na realidade não era um golpe só contra a Dilma, era um golpe contra os direitos, contra os avanços, contra as políticas públicas”. Para o ex-ministro, todo esse cenário vai ficando cada vez mais claro e, por isso, a candidatura do Lula é cada vez mais forte.
“ O Lula sintetiza uma transformação histórica absolutamente espetacular”, disse Mercadante. “Ele é o alvo prioritário de todos os ataques e continua liderando todas as pesquisas e se tiver tempo para debater e para mostrar o que ele fez e comparar com o que está sendo feito, vamos ver quem tem garrafa para vender”, projetou o ex-ministro.
Sobre o governo Temer, Mercadante voltou a dizer que o presidente vive uma situação que ele define como “paradoxo Temer”. “Quanto mais impopular esse governo é, mais impopular ele precisa ser para sobreviver, porque a lógica desse governo é retirar direitos, reduzir as políticas públicas, reverter as políticas de inclusão social, de combate à pobreza, que estavam em curso, para liberar recursos para as práticas tradicionais, como o pagamento de juros, e manter uma base empresarial, sob tudo financista, que é o que sustenta esse governo, e o controle sobre a Câmara, que ele faz com a liberação das emendas e por dentro dos Ministérios”, explicou o ex-ministro.
Mercadante também disse que o governo Temer está preso em uma camisa de força e que virão novas medidas econômicas para transferir o custo fiscal do golpe para a população. “Cada dia nós estamos vendo o retrocesso e o custo que esse golpe teve, porque parte dessa conta foi o golpe e é a manutenção de um governo que não tem legitimidade, não tem credibilidade, não tem apoio popular e que tenta retirar, cada vez mais, direitos e destruir conquistas que foram feitas ao longo da história”, afirmou.