Não adiantou nem abrir mão da soberania nacional. Mesmo fazendo de tudo para entregar recursos estratégicos como o petróleo e a geração de energia, Jair Bolsonaro e seu governo continuam sendo tratados como párias pelos principais governos do mundo.
Como noticia o jornalista Jamil Chade, no site UOL, as expectativas do atual governo foram frustradas quando o G7, mais uma vez, deixou o Brasil de fora da lista de convidados para participar da cúpula do bloco, que ocorre nesta sexta-feira (11). O G7 reúne Canadá, Reino Unido, Itália, Japão, França, EUA e Alemanha.
“O G7, neste ano, optou por repetir o que já é uma tradição e convidou aliados. Mas deixou o presidente Jair Bolsonaro de fora, frustrando os planos do governo brasileiro de se aproximar dos países ricos”, escreve Chade. “No evento que é sediado pelo governo britânico, o G7 estendeu o convite para Índia, Coreia do Sul e Austrália. Há dois anos, na França, o presidente Emmanuel Macron também fez convites a parceiros e emergentes durante a cúpula do G7. Mas, uma vez mais, o Brasil ficou de fora. Paris optou por chamar Chile, Egito, África do Sul, Senegal, Índia e Ruanda.”
Dessa forma, o país fica mais uma vez de fora de um fórum que tem como temas centrais a resposta à pandemia, a recuperação do crescimento econômico e meio ambiente, além da relação com a China e a Rússia.
Trata-se de mais um fracasso da política externa de Bolsonaro, dominada pelo negacionismo e pela cegueira ideológica. Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-chanceler Ernesto Araújo deram as costas para parceiros importantes, como os integrantes do Brics e do Mercosul, para se alinhar a Donald Trump e sonhar com uma vaga na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O resultado foi este que se vê agora: um país isolado e que continuou fora da OCDE. Felizmente, ressalte-se, em relação ao segundo ponto. Nesse caso específico, a incompetência de Bolsonaro favoreceu o Brasil, pois a adesão à OCDE forçaria mudanças constitucionais liberalizantes que impactariam negativamente a economia e incentivariam a desindustrialização.
Da Redação