As jornadas de luta de julho e agosto foram tema do programa Democracia em Rede, que integra a Vigília Lula Livre. Roberto Baggio, da coordenação nacional do MST, falou sobre as mobilizações em defesa de Lula, preso político desde 7 de abril, e para resgatar a democracia no Brasil. “Teremos uma grande concentração popular em Brasília, ao redor do Supremo Tribunal Federal, culminando no dia 15 de agosto no TSE, com o registro da candidatura do Lula, e no dia 16, com a Conferência do Povo”, afirmou.
Baggio avalia que as eleições deste ano serão as mais polarizadas da história do País, com disputa aberta entre dois projetos: de um lado, retomar a democratização e o desenvolvimento com justiça social; de outro, o golpismo e a retirada de direitos. “Ficou mais fácil esclarecer o povo sobre o que está em jogo. Do lado da burguesia, eles não têm candidatos, não têm projeto”, disse.
Teremos um debate polarizado, com boas chances de vitória do projeto popular e progressista, analisou Baggio. Essa perspectiva abre um desafio para 2019: convocar um referendo revogatório das medidas entreguistas do golpe. “Vamos precisar de mobilização popular para resgatar o patrimônio público a serviço da nossa economia e nosso desenvolvimento”, afirmou.
Para garantir que a população esteja apta para esse debate, a Frente Brasil Popular tem discutido esses temas em sindicatos, pastorais, escolas, assentamentos, acampamentos e comunidades indígenas. “Temos que olhar para o nosso futuro, definir como o povo brasileiro, com sua luta, retomará a democracia, de maneira que a vontade da maioria seja assegurada”, propôs Baggio.
Paralelamente a esses debates e mobilizações, a Vigília Lula Livre permanece como marco da resistência democrática. “A Vigília só se encerrará quando o Lula sair. Estamos preparados para resistir o tempo que for necessário, com manifestações, celebrações e formação diárias”, disse Baggio. “A Vigília é essa referência, essa grande luz que ilumina e abastece os que estão aqui, os que vêm visitar e os que de longe estão mirando para cá, participando dessa corrente pela liberdade de Lula”, completou.
Por Luiz Lomba, da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba