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Nível de “incerteza econômica” é o menor desde 2017, devido a medidas adotadas por Lula

Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirma que Indicador de Incerteza da Economia (IIE-BR) caiu 4,1 pontos em julho e é reflexo da melhoria de indicadores como queda da inflação, aumento do PIB e do número de empregos

José Paulo Lacerda/CNI

Melhora de indicadores macroeconômicos no país gera menor incerteza econômica desde 2017

O povo brasileiro respira novos ares com o impulsionamento da economia no governo Lula. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam a menor incerteza econômica no Brasil desde 2017. O resultado é reflexo da melhoria de indicadores macroeconômicos com a queda do desemprego, com a maior deflação desde 2017, com o maior patamar do Índice de Confiança do Consumidor (IPCA) desde fevereiro de 2019 e com a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

De acordo com a FGV, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) caiu 4,1 pontos em julho, atingindo 103,5 pontos. O recuo é o quarto consecutivo e impulsionou o indicador ao menor patamar desde novembro de 2017 (103,1 pontos).

Nos últimos quatro meses, o IIE-Br acumula recuo de 13,2 pontos. O indicador foi divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Economia FGV Ibre, no Rio de Janeiro.

Conforme a economista da FGV responsável pelo indicador, Anna Carolina Gouveia, a redução das incertezas fiscais e melhora nos principais indicadores macroeconômicos, como inflação, PIB, e emprego, junto com a resiliência de serviços, levaram ao resultado.

“Com a desaceleração da inflação ficando mais clara, observa-se redução da heterogeneidade nas previsões de 12 meses tanto para o IPCA quanto para a Selic. De forma geral, a queda do IIE-Br nos últimos meses tem relação com a melhoria das perspectivas para o cenário macroeconômico do país, com redução também das incertezas fiscais e políticas. A continuidade desse quadro dependerá tanto da recuperação da atividade econômica quanto da manutenção de uma relação colaborativa e sinérgica entre as esferas do governo”, afirma Gouveia.

Ela destaca que no mês de julho houve queda nos principais indicadores de inflação, com a prévia do IPCA, e o PIB do primeiro trimestre também foi bem acima do esperado, impulsionado pelo setor agropecuário.

A economia brasileira cresceu 1,9% ante quarto trimestre de 2022. Outro aspecto notado pela economista foram os bons desempenhos no mercado de trabalho brasileiro.

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Mais de 1 milhão de novos empregos

Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (28), o Brasil conta com quase 800 mil pessoas a menos no contingente de desempregados no trimestre de 2023. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam, ainda, a criação de mais de 1 milhão de novos empregos no 1º semestre.

O presidente Lula a mudança no cenário econômico brasileiro comemora os avanços no número de empregos.

“Eu acho que quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, o salário começa a aumentar, a inflação começa a cair, as pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando individualmente. E, ao mesmo tempo, ele percebe que se está melhorando para ele, está melhorando para o seu vizinho”.

A economista da FGV também afirmou que não foi somente a incerteza com a economia que mostrou recuo na pesquisa. Ela afirma que a FGV tem dois outros indicadores de incerteza, nos campos da política e do fiscal, tratados internamente como forma de mensurar melhor evolução do IIE-Br. De junho para julho, o indicador de incerteza política caiu 5,6 pontos, para 97,1 pontos; e o fiscal caiu 1,1 pontos, para 103,5 pontos.

Para Gouveia, nos últimos meses, há mais clareza sobre a condução de política econômica, o que ajudou a reduzir incerteza política.

O presidente da República, na manhã desta terça-feira (1º), falou sobre confiança e satisfação dos brasileiros e brasileiras em relação à economia do país.

“As pessoas vão se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar todas as afirmações, todas as afirmações do FMI sobre o PIB, não vão dar certo, porque o Brasil vai crescer, e vai crescer de forma sólida, confiável. E mais importante do que só crescer, nós vamos fazer uma coisa de crescimento distributivo, vai crescendo e vai distribuindo, vai crescendo e vai distribuindo, para que a vida das pessoas cresça de acordo com o crescimento do país, é isso que interessa ao povo brasileiro e é isso que vai acontecer. E não é milagre não, é determinação de que as coisas começam a circular no meio do povo”, ressalta o presidente Lula.

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Ouça o boletim da Rádio PT sobre o menor nível de incerteza econômica no Brasil:

Da Redação, com informações do Valor Econômico