“Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados”, dizia Makota Valdina.
Infelizmente, Makota faleceu na madrugada desta terça-feira (19) em Salvador, na Bahia, em decorrência de uma parada cardio-respiratória. Grande mulher além de seu tempo, Makota Valdina passou a vida dando visibilidade a sua ancestralidade, sendo exemplo e modelo de uma fé viva e pulsante que influenciou inúmeras pessoas que através dela puderam ter sua referência de luta contra o racismo religioso.
Educadora, líder religiosa e militante da causa negra, Makota tinha 75 anos e se destacou tanto que teve sua vida retratada no documentário “Makota Valdina – Um jeito Negro de Ser e Viver”, o filme recebeu o prêmio Palmares de Comunicação.
Essa não foi a primeira homenagem recebida por Makota, ao longo de sua vida recebeu diversos prêmios, entre eles os prêmios Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, e Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.
Makota Valdina foi uma mulher a frente do seu tempo e viveu uma vida de luta, resistência e orgulho.
Aos amigos e familiares manifestamos nossa solidariedade.
Martvs Chagas, Secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT