O presidente Lula e outras autoridades do governo federal estiveram, nesta sexta-feira (26), na sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), para participar da cerimônia de entrega de mais uma aeronave de última geração, modelo 195-E2, à empresa Azul Linhas Aéreas. A encomenda vai fomentar a indústria de ponta e a produção de valor agregado no país.
Depois de ter concluído agenda em Nova Lima (MG), onde, mais cedo, inaugurou a primeira fábrica de insulina da história do Brasil, o presidente Lula reafirmou a importância de se fomentar a indústria nacional. “Um país que tem uma Embraer, um país que tem uma cidade como São José dos Campos, um país que tem uma Azul, não pode pensar pequeno e não pode sonhar pequeno”, declarou.
A Azul vai receber, até o fim de 2024, mais 13 desses aviões da Embraer, no valor de R$ 3 bilhões. O 195-E2 se consolidou como um dos equipamentos mais eficientes hoje no mercado, com até 25% menos emissão de gás carbônico.
“É um orgulho muito grande ver essa empresa com tanto vigor e com tantos projetos tão importantes”, exaltou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP).
Na fábrica da Embraer, acompanhado do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSD-SP), e de ministros de Estado, Lula se reuniu com o presidente da fabricante brasileira de aeronaves e CEO da companhia, Francisco Gomes, e com o diretor-presidente da Azul, John Rodgerson. Após conversa reservada, Haddad se disse entusiasmado com os rumos da Embraer.
“Pudemos ver que os planos da companhia preveem uma geração recorde de empregos. A ação da Embraer já bateu recorde histórico na bolsa, isso é sinal de que quem está olhando para a Embraer está vendo com otimismo o desenvolvimento da companhia. Uma companhia que produz uma coisa que impressiona o mundo. Mostra que o brasileiro tem toda a condição de agregar valor à produção, de agregar conhecimento à produção“, elogiou.
Brasil turístico
Durante discurso, o presidente Lula defendeu a promoção do turismo interno como maneira de desenvolver a economia. O chefe do Executivo ressaltou o tamanho do país e as belezas naturais que o compõem. “O Brasil tem quase 6 mil municípios, o Brasil tem 27 capitais, o Brasil tem cidade de 200 mil habitantes, de 250, de 300. Ora, a gente precisa ter voos regionais, como tem no mundo inteiro, para voar internamente”, lembrou.
“Ao invés da gente querer viajar para ver o Museu do Louvre, em Paris, ao invés da gente querer viajar para a Disney, que é muito importante, era preciso que nosso povo conhecesse o Brasil (…) Quantos voos foram feitos de turismo para a Amazônia? Nenhum. As pessoas passam por cima da Amazônia e vão para a Europa e vão para os Estados Unidos (…) porque nós temos culpa”, criticou, antes de pedir o empenho do governo no fomento do turismo no próprio país.
Última geração
Desde fevereiro, a Azul oferece voos diretos e diários de Brasília a Belém, com bilhetes disponíveis para compra no site da companhia aérea. A rota doméstica é operada pelos modernos 195-E2.
O modelo 195-E2 é o maior e mais sustentável avião de sua classe. Com capacidade para até 146 passageiros, pode chegar à velocidade máxima de cruzeiro de mais de 860 km/h.
Além da Azul, operam a aeronave de última geração a holandesa KLM, a espanhola Binter Canarias, a chinesa ICBC, a norte-americana Aircastle, a canadense Porter, a suíça Helvetic Airways, a irlandesa AerCap, a nigeriana Air Peace, entre outras.
Com 18 mil funcionários, a Embraer é a terceira maior fabricante de jatos do mundo, responsável pela entrega, até hoje, de mais de 8 mil encomendas a diversos países.
Da Redação, com Site do Planalto