O governo de Jair Bolsonaro está ampliando a miséria e aprofundando a histórica desigualdade no país. Desde o início da pandemia, em março, o desemprego no país cresceu e a precarização do trabalho é galopante. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra um quadro trágico no país. Já chega a 61,7 milhões o número de pessoas desempregadas e fora do mercado formal de trabalho no Brasil. Dados da pesquisa Pnad Covid-19, divulgado na semana passada, mostram que dos 83,3 milhões brasileiros ocupados, apenas 43,9 milhões têm emprego formal.
Atualmente, quase metade da população brasileira, 97,1 milhões de pessoas, não compõem a força de trabalho disponível ao mercado, de acordo com o IBGE. Segundo o IBGE, o país tem 211,8 milhões de habitantes, e nada menos do que 10,3 milhões de brasileiros passam fome. Isso representa 5% da população brasileira. Que futuro o país está construindo para seus cidadãos, se o governo continuar a insistir numa política econômica que arrocha o povo e amplia a desigualdade? O caminho a ser percorrido pelo país precisa ser outro. O Brasil precisa retomar uma política de desenvolvimento, com distribuição de renda e mais Justiça Social.
O país vai mal por responsabilidade direta do presidente da República, que segue submisso à agenda de arrocho fiscal do ministro da Economia, Paulo Guedes. Como aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde que o povo deixou de ser o foco dos governos Temer e Bolsonaro, depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, a situação no país só piorou. “Quando o povo tem acesso à renda, quando tem acesso a trabalho, compra mais produtos… O trabalhador, o brasileiro, quando faz isso, dá um salto de qualidade na economia”, explica Lula.
No dia 21, o PT lançou o Plano de de Reconstrução e Transformação do Brasil, com medidas em defesa do trabalho e política de distribuição de renda. Entre as propostas emergenciais lançadas por Lula e os dirigentes do PT, a extensão do auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia, mais frentes de emprego e uma política de revalorização do salário mínimo, além da ampliação de 30 milhões de famílias atendidas por uma versão turbinada do Bolsa Família. O projeto do Mais Bolsa Família já foi apresentado pela bancada do PT no Congresso.
Da Redação