PT lança o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil nesta segunda, 21 de setembro

“Vamos salvar vidas, gerar empregos e renda, desenvolver a economia nacional, radicalizar a democracia hoje ameaçada, promover a soberania e construir um novo país”, anuncia a presidenta Gleisi Hoffmann. Apresentação será feita a partir das 10h, nas redes sociais e no canal do partido no YouTube

Arte: Fundação Perseu Abramo

O Partido dos Trabalhadores (PT) lança nesta segunda-feira, 21 de setembro, às 10h, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, que reúne propostas para a retomada do desenvolvimento econômico e social do país. O PT se propõe a levar à sociedade uma proposta que assegure uma saída para a crise sanitária, econômica e social em que o país está mergulhado desde o impeachment fraudulento da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. “Vamos salvar vidas, gerar empregos e renda, desenvolver a economia nacional, radicalizar a democracia hoje ameaçada, promover a soberania e construir um novo país”, anunciou a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

O lançamento do plano, que contará com a presença dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de Fernando Haddad, será transmitido ao vivo pelos perfis oficiais do PT e da Fundação Perseu Abramo, nas redes sociais, incluindo Facebook e Twitter, além do Youtube. Coordenado pelo economista Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma, o plano é fruto de um debate interno entre os setoriais e núcleos de acompanhamento de políticas públicas do PT, além das bancadas federais na Câmara e no Senado. O plano completo estará disponível a partir do lançamento, no dia 21 no site do PT e da FPA. A transmissão pode ser assistida no link abaixo, no canal do PT no You Tube.

As propostas inclusas no Plano de Reconstrução do Brasil buscam assegurar um novo caminho para o país, baseado na ampliação de oportunidades, na igualdade e ampla liberdade de expressão e comunicação, além da defesa da soberania nacional, ameaçados pelo governo de Jair Bolsonaro. “Queremos apontar que o Estado tem um papel de indutor de desenvolvimento”, explica Mercadante. As propostas foram concebidas com base em contribuições de centenas de pessoas – trabalhadores, mulheres, negros, indígenas, representantes do setor público, LGBTQI+, artistas e intelectuais – comprometidas com o país.

O Plano de Reconstrução parte de um diagnóstico sobre a profundidade da crise brasileira, aprofundada pela pandemia do coronavírus e pela condução irresponsável do governo Bolsonaro na resposta ao Covid-19, que estão comprometendo o futuro do país e dificultando uma saída rápida da crise. As propostas na economia colocam a alta do desemprego e o aumento da desigualdade como um dos principais focos e preveem um papel para o Estado no desenvolvimento econômico com Justiça Social. O programa prevê medidas emergenciais e de longo prazo e tratam também de apresentar políticas públicas protetivas e inclusivas, de combate ao racismo estrutural, e de opressão e violência contra a mulher, além de tratar de homofobia, e violência contra os indígenas e os quilombolas.

Aloizio Mercadante, da Fundação Perseu Abramo: “Queremos apontar que o Estado tem um papel de indutor de desenvolvimento”

Novo acordo verde

No meio ambiente, o plano enfrenta a devastação ambiental promovida pelo governo Bolsonaro, abordando um novo “pacto verde” – uma espécie de ‘New Green Deal’, que permita assegurar uma transição ecológica para a economia de baixo carbono. Isso permitirá a geração de empregos de qualidade e atividades sustentáveis com base em tecnologias limpas.

Outros pontos também tratam de desenhos institucionais para a adoção de políticas que conciliem a preservação ambiental com a produção agrícola, a retomada de uma reforma agrária e a reconstrução de uma política de Estado em apoio à agricultura familiar. Essas são as bases para um plano voltado à agricultura do século 21, assim como a conquista e manutenção dos mercados externos para os produtos brasileiros.

Outro ponto essencial é a efetivação de uma Reforma Tributária Justa, Solidária e Sustentável, marcadamente progressiva, com taxação de grandes fortunas e dos rendimentos financeiros, de lucros e dividendos, de forma a aliviar a carga tributária sobre os mais pobres e as pequenas empresas, reduzindo consideravelmente os tributos sobre o consumo e os serviços. A proposta está em tramitação no Congresso Nacional e precisa ser amplamente debatida com a sociedade brasileira.

Lei de proteção do Estado Democrático

Na política, o plano propõe uma Lei de Proteção do Estado Democrático de Direito, além de reformas políticas, eleitorais, do aparelho de Estado e dos órgãos de controle, que assegurem a transparência da máquina administrativa, o combate à corrupção sem desvios políticos e ideológicos e a abertura dos processos decisórios aos interesses populares. O PT também quer tratar de instrumentos que assegurem a democratização da produção e da disseminação das informações, além de combater as chamadas fake news e os discursos de ódio.

Em relação à defesa da soberania nacional, o plano se propõe a retomar uma política externa altiva, que assegure o respeito aos interesses brasileiros, abandonados pelo bolsonarismo, que submeteram o país aos interesses da extrema-direita dos Estados Unidos. O Brasil hoje é um Brasil pária na comunidade internacional, isolado dos centros de decisão e sem papel nos foruns e organismos multilaterais. A ideia é que redesenhar a nova política externa, orientada para o estímulo ao desenvolvimento nacional e para a construção de um mundo mais simétrico, assentado no multilateralismo e na multipolaridade.

Na cultura, as propostas do PT tratam de colocar no centro das políticas estratégicas a identidade nacional e o desenvolvimento econômico e social do Brasil. As medidas sugeridas buscam assegurar à população o acesso aos bens culturais e eliminar a guerra contra a cultura desencadeada pelo Palácio do Planalto sob Jair Bolsonaro, garantindo espaço e defendendo a produção de artistas e intelectuais, ameaçados pelo governo, que oficializou o discurso de ódio e tenta impor censura e obstruir a livre expressão. A ideia é assegurar o apoio do Estado à produção culural.

Da Redação

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