Da Redação, Agência Todas
Já sabemos que as mulheres gastam mais tempo com os afazeres da casa, mas o que piorou, melhorou, aumentou ou diminuiu com o isolamento social? Para entender os impactos do Coronavírus nas diferentes realidades de mulheres, o coletivo Mulheres de Todas as Lutas, do PT, lançou esta pesquisa nacional sobre a divisão sexual do trabalho doméstico em tempos de pandemia.
A pesquisa foi elaborada com base em questões gerais amplamente utilizadas pelo IBGE (PNAD) e questões elaboradas com base em vivências pessoais e relatos obtidos pelas integrantes do grupo de pesquisa.
“Construímos grupos de trabalho e seguidas reuniões para garantir e acomodar a pluralidade de pensamentos e de entendimento do que realmente são as nossas necessidades. E já estamos muito orgulhosas do trabalho em equipe”, Jeane dos Anjos, membro do coletivo Mulheres de Todas as Lutas.
Jeane reforça que, além da compreensão sobre o peso da pandemia na rotina das mulheres, a pesquisa também pode ser um vetor que possibilite uma reflexão, uma forma de autoconhecimento, um mergulho sobre quem somos, o que está ao nosso redor, que possibilite pequenas revoluções dentro de nós mesmo e, consequentemente, no mundo.
O questionário está dividido em 3 blocos de perguntas.
O Bloco 1 está voltado para a caracterização do/a entrevistado contemplando questões relacionadas à identidade, trabalho, moradia.
O Bloco 2 envolve as questões específicas mais diretamente relacionadas à divisão das tarefas domésticas, sua distribuição no domicílio e uso do tempo para estas atividades.
Já o Bloco 3 envolve questões associadas à desigualdade na divisão sexual do trabalho doméstico como efeitos sobre saúde mental, violência, dificuldades de participação em atividades de organização social/ política, entre outros temas que dialogam diretamente com a atual situação de pandemia e, em alguns casos, de isolamento social.
Sobre o Mulheres de Todas as Lutas
O coletivo é um conjunto heterogêneo de mulheres, construindo uma política que é atravessada por eixos diversos. São mulheres da zona rural e urbana, das periferias, assentamentos. Indígenas, quilombolas. Negras, lésbicas. Candomblecistas, evangélicas, católicas.