Partido dos Trabalhadores

“Pelo direito de existir, eu sou Haddad”

Mulheres no Ato da Virada defendem a candidatura de Fenrnado Haddad pelo garantia de direitos, contra ataques de ódio e contra o preconceito

Ricardo Stuckert

Multidão no Ato da Virada com Haddad no dia 24/10

“Eu voto no Haddad porque eu acredito nele”, declarou Solange no Comício da Virada, que aconteceu nessa quarta-feira, 24, no Largo da Batata em São Paulo, com a presença do próprio candiado, organizado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo.

Solange é cabeleireira e manicure e está apreensiva com a possibilidade de ter Bolsonaro como presidente. “Eu não vejo a hora de chegar domingo. Voto no Haddad porque é o melhor que tem. Ele vai regular o preço do gás para R$49, eu sei o que é chegar no final do mês sem gás. Você paga o aluguel e sobra o que para comer? Não veste? Não come?” Ela se diz otimista com Haddad e destaca que é o único candidato com propostas que valorizam a população negra. “O outro é contra nós, é contra os gays. O Haddad não tem isso. Para ele todo mundo é ser humano”, acrescenta

A proposta sobre o preço do gás também é uma das principais questões para as cozinheiras Lurdes e Rosemary. “Ele prometeu abaixar o preço do gás para R$49, isso vai ajudar muito”, afirma Lurdes, que se auto-intitula petista desde sempre, pelo partido ter projetos voltados para a população de baixa renda. “Eu voto no Haddad também porque ele fez vários projetos para colocar o filho do pobre estudando ao lado do filho do rico”.

“Eu voto no Haddad por vários motivos, mas a principal é a proposta do gás de cozinha, aí eu vou conseguir comprar dois botijões por mês”, conta Rosemary. Para ela a única proposta que está faltando é a regulação do preço dos alugueis. “O reajuste de 20% do Bolsa Família vai ajudar muito a minha filha. Todo mundo critica o Lula, mas quem foi que deu bolsa para a gente estudar e casa pra gente morar? Torcendo para que o Haddad ganhe e o Brasil volte a ser o que era antes”.

Voto contra o retrocesso

A estudante de publicidade Natalia está com medo do que pode acontecer com ela e com a sua namorada, caso Bolsonaro seja eleito. “As mulheres devem votar no Haddad porque ele levanta a nossa bandeira e a da população LGBTQI+. Mulher é sempre colocada como segunda opção, como segunda categoria. É importante eleger alguém que vai nos dar voz”.

As estudantes Isabella e Bianca também veem no Bolsonaro o maior retrocesso para os direitos das mulheres. “Eu acredito que todas as mulheres têm que votar em Haddad porque o Bolsonaro representa o maior retrocesso para as mulheres, principalmente as mulheres trabalhadoras”. Ela ainda afirma que Bolsonaro é o candidato que “representa o fascismo e a misoginia”. Bianca conta que Haddad não foi a sua escolha no primeiro turno, mas que entre Haddad e Bolsonaro não existe dúvidas, “Eu sou Haddad”.

Para Sonia, da Marcha Mundial de Mulheres, Haddad representa a garantia da democracia e a retomada de direitos. “Votamos no Haddad para dizer não ao fascismo. Nós mulheres sofremos todo o tipo de discriminação” Ela relembra da proximidade de Bolsonaro com Eduardo Cunha e os ataques dessa ala da Câmara aos direitos das mulheres

“Ele prega a cultura do estupro, a cultura da violência. Nós já temos tanta violência e vamos permitir um presidente que prega mais violência? Vamos lutar! Ainda dá tempo e estamos virando. É só ir pra rua e conversar com as pessoas. Fora Bozo, o Brasil não precisa de você”, completa Sonia.

Na cidade de São Paulo a virada já começou. De acordo com o Ibope, Haddad tem 51% das intenções de voto contra 49% de Bolsonaro. No primeiro turno, ele terminou com 19,7% dos votos. A empregada doméstica Odete acredita na vitória. “Se Deus quiser o Haddad vai derrubar ele domingo”.

Por Dandara Lima, especial para a Agência PT de notícias