Em SP, milhares de pessoas ocupam o Largo da Batata por Haddad

O povo foi às ruas para apoiar a candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’ávila e defender a democracia. No ato, o sentimento de virada

Ricardo Stuckert

Fernando Haddad em ato no Largo da Batata (SP)

Milhares de pessoas foram ao Largo da Batata, em Pinheiros (SP), participar do Grande Ato da Virada com Fernando Haddad e Manuela D’Ávila nesta quarta (24). Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos também estiveram presentes para apoiar os candidatos e defender a democracia.

A militância vem sendo fundamental para as boas notícias que surgiram com a mais recente pesquisa do Ibope. Ela mostrou que a rejeição a Haddad vem diminuindo, a de Bolsonaro aumentando e o candidato do PT já lidera em São Paulo.

A onda de otimismo democrático também foi convidada de honra no ato em São Paulo. Haddad pegou o microfone e afirmou com convicção: “A eleição de Bolsonaro estava decidida até dois dias atrás. Hoje é provável, amanhã será possível. Amanhã será apenas possível. No sábado ele vai descobrir que o gato subiu no telhado. E no Domingo vai ver que perdeu”.

Durante o ato, Haddad também lembrou o que realmente representa a candidatura de Bolsonaro. “Ele ameaça as Instituições, o Ministério Público, o Supremo, a justiça, movimentos sociais. Ele não defende a democracia e o povo brasileiro. Ele é o grande coitado! O parlamentar mais improdutivo da história desse país. Vinte e oito anos sem fazer nada, a não ser vomitar ódio a cada discurso que faz”.

Fernando Haddad em Ato da Virada

Em meio ao ato, militantes mostraram força de que a virada está por vir. “O Brasil demorou séculos para ver alguma mudança realmente perceptível e eu sou a prova viva de que ela deu resultado. Sou um filho legítimo da periferia e, hoje, se cheguei até aqui foi porque tive chances. Lutei por isso e não vou abrir mão. Vamos virar esta eleição como sempre viramos”, afirmou o designer Lucas Salles.

Ao seu lado, a representante comercial concorda com a cabeça, enquanto tenta mostrar ao colega qual será a receita para que essa virada se consolide no domingo:

“O amor sempre vence. Pode pesquisar. Mesmo que muita gente esteja revoltada e não veja perspectiva a gente sabe que esse discurso de ódio não leva a lugar nenhum. Não adianta esnobar ou dizer que não importa: é o amor que vai fazer a gente derrubar o fascismo”.

Além de amor, vale também mobilizar a família e mostrar que argumentos não faltam para derrubar o projeto antinacionalista e antipovo propagado pelo outro lado. “Eu tenho conversado com todos que posso, apontado as diferenças entre os projetos e porque só Haddad permitirá que a democracia prevaleça no final. Já convenci vários parentes e ainda vou convencer mais”, acredita a estudante Laisa Brito.

Gleisi Hoffmann no Ato da Virada

Amor, argumentos, paciência para o diálogo – três ingredientes indispensáveis para alterar o placar provisoriamente desfavorável.

“A mudança já começou. Basta olhar as últimas pesquisas. Enquanto um lado comemora a vitória, o outro apresenta um plano de governo e se abre para o debate, sem preconceito, sem ódio, sem intolerância. Não acho que é possível virar. Eu tenho certeza”, conclui a advogada Camila Fonseca

Haddad aproveitou para mandar um recado para o candidato que se recusa a debater, se nega a mostrar suas ideias, o único na história do país que não participou de debates presidenciais no segundo turno das eleições. “Você vai tomar uma surra do povo brasileiro no domingo. Este país é muito melhor que você”.

Por O Brasil Feliz de Novo

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