Pouco mais de um ano após a descoberta de ossadas do tempo da escravidão no bairro da Liberdade, o local enfim se tornará um Memorial que servirá para que a cidade e o país nunca se esqueçam de período tão nefasto da história.
A iniciativa para a criação do espaço veio por meio de Projeto de Lei do vereador Reis (PT), sancionada pelo Executivo nesta quinta-feira (30). “Hoje, mais um projeto de minha autoria foi sancionado pelo prefeito originando a lei 17.310/2020. Trata-se da criação do Memorial dos Aflitos em um terreno ao lado da Igreja Nossa Senhora dos Aflitos aonde foram encontrados 9 ossadas do período da escravidão no Bairro da Liberdade”, relembrou o vereador.
Reis reitera ainda que “este memorial é de suma importância para preservação do nosso patrimônio histórico e cultural. Parabéns a todos que se envolveram nesta luta”.
De Forca a Liberdade
Antes de se chamar Praça da Liberdade, o espaço público era conhecido como Largo da Forca, e o atual Largo Sete de Setembro era o Largo do Pelourinho. Sob a atual Rua da Glória estava o Cemitério dos Aflitos, documentado como a necrópole destinada aos escravos recém-identificada pela equipe da A Lasca.
O Largo da Forca era o destino dos condenados à morte até a metade do século 19, sendo a maioria deles de escravizados fugitivos. O local de enforcamentos foi escolhido pela proximidade com a necrópole. A forca foi movida do local em 1874, após a pena de morte ser extinta no Brasil. Pouco abaixo do antigo Largo da Forca, o Largo do Pelourinho era o local onde, até a metade do século XIX, os negros fugitivos eram açoitados.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do G1