Com a presença de cerca de duas mil mulheres de todo o Brasil, foi realizada na noite de ontem (19) na Plenária Nacional das Mulheres do PT . A atividade virtual contou com a participação da secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, da primeira-dama, Janja Silva, da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da secretária nacional de Finanças e Planejamento do PT, Gleide Andrade.
O encontro buscou passar orientações políticas às futuras pré-candidatas do partido a prefeitas, vices e vereadoras, e faz parte do planejamento do Elas por Elas, programa de formação política do PT para as mulheres. Além disso, os petistas puderam ouvir do ministério informações sobre os programas e as políticas públicas que o governo Lula tem realizado com foco nas mulheres e meninas.
Apresentação do Elas por Elas
Na abertura da atividade, Moura apresentou as novidades da EpE e fez um retrospecto da iniciativa, que foi criada em 2018: “Eu quero mostrar um pouco do projeto Elas por Elas, que existe desde 2018. Ele é o responsável pela organização e preparação das mulheres na política. E essa plenária é organizada pelo Elas por Elas, e em conjunto com a Direção Nacional do PT. O que é o Elas por Elas? Ele é a formação política, a organização, a mobilização e a comunicação. Isso está sendo trabalhado em parceria com as secretarias estaduais, com o Coletivo Nacional de Mulheres, e agora a gente tem as multiplicadoras.”
A apresentadora nacional apresentou o retrato dos petistas que ocupam cargos eletivos: “Hoje temos uma governadora, duas senadoras, 18 deputadas federais, com as suplências e agora 34 deputadas estaduais. E o que a gente quer em 2024 é ampliar nossa presença política. É por isso que o projeto Elas por Elas é tão importante e tão necessário”, defendeu.
Importância das experiências com trocas
A primeira-dama reforçou a importância do Elas por Elas para os participantes da Plenária. Para ela, o projeto é uma questão afirmativa no PT da participação das mulheres, sendo “uma grande rede de apoio vocês têm para se inserir na política, o caminho de entrada no Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras”.
A socióloga destacou também a sua participação na 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher. “Lá, a gente mudou um pouco o rumo da prosa da agenda internacional das mulheres que vinha numa outra direção e a gente trouxe aqui. Para o rumo das coisas que a gente realmente acredita e que luta para nós mulheres.”
Janja destacou ainda a importância do encontro virtual: “A gente ainda tem muito para caminhar. Eu acho que essa plenária é fundamental para a gente entender e conseguir alcançar com que mais mulheres estejam presentes na política. Conversar e trocar experiências e se fortalecer. Acho que esse é o objetivo. “
Além disso, ela reforçou as políticas desenvolvidas pelo governo federal com foco nas mulheres: “A gente tem muitas políticas do governo federal, infinitas políticas. Lançamos a agenda transversal das mulheres, todas as políticas que o governo federal, dirigido pelo presidente Lula, implantou e que atinge indireta e indiretamente a mulher.”
Por fim, Janja reforçou a importância de ter mais mulheres nos espaços de poder para haver uma sociedade mais solidária, mais justa e igualitária: “A gente não pode mais conviver com o mundo sem a presença das mulheres. Nós precisamos estar em todos os espaços de decisão e poder, e isso passa pelos parlamentos.”
Mulheres do PT mudaram a política nacional
Ao iniciar sua fala, a ministra das mulheres destacou o papel das mulheres do PT nas eleições: “Eu acho que nós, mulheres do PT, construímos uma história nesse país que precisa sempre ser resgatada, e eu quero trazer isso como o primeiro grande elemento dessas eleições, para que todas vocês e todas nós possamos estar na rua fazendo campanha. As mulheres do PT foram as grandes precursoras das políticas públicas para as mulheres, das candidaturas, de ter secretarias nacionais dentro do partido. Então é com essa garra, com essa coragem, que nós mudamos muita coisa na história dos partidos, e estamos mudando a realidade do país.”
Gonçalves também fez um balanço da participação da delegação brasileira na CSW: “Nós conseguimos perceber que o Brasil tem uma potência política fundamental no mundo e nós precisamos fortalecer isso. Levamos tudo que nós estamos fazendo, a política transversal, um governo que 85% das pessoas que receberam a chave do Minha Casa, Minha Vida, são mulheres e nós precisamos dizer isso. Esse é o compromisso do governo do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores. São mais de 89% das mulheres que recebem o Bolsa Família. E na maioria, mães solos e mulheres negras. Então, as políticas estão permeadas no nosso dia a dia, no nosso cotidiano, dos ministérios e do governo do presidente Lula.”
Para o ministério, é essencial que as futuras candidaturas conheçam bem o que foi realizado pelo governo federal para que tenham insumos e informações para defender o projeto do PT, representado pelo presidente Lula, bem como as próprias pré-candidaturas. O debate das ideias e dos fatos concretos será decisivo para a conquista de votos nestas eleições.
“Precisamos dizer quais são as políticas que o governo está fazendo. Queremos que as mulheres possam estar de fato nos espaços de poder, para que não tenha mil municípios, sem uma vereadora sequer, como nós temos hoje no Brasil. Então esses são os desafios que vamos enfrentar esse ano, mas que nós vamos ter que correr através das candidaturas, através do partido, fazer esse debate, dizer o que é que nós queremos, quais são as nossas propostas e como é que nós queremos chegar lá”, defendeu.
Unidade entre os petistas para as eleições
Na avaliação da secretaria nacional de Finanças e Planejamento, Gleide Andrade, o Elas por Elas foi muito importante para o aumento da bancada federal. “É importante que as pessoas saibam disso. Na eleição passada, nós tivemos um programa, um foco muito grande em cima da eleição das nossas deputadas. E foi por isso que nós crescemos. Também em número de deputados federais e deputados estaduais eleitos. Agora entramos no período da pré-campanha das nossas pré-candidatas a vereadoras e prefeitas e vamos ter uma agenda grande por todo o país, para rodar as cidades fortalecendo as nossas pré-candidaturas”, assegurou Gleide.
“Por isso eu queria começar a dizer que nós, todas as companheiras que estão aqui hoje e que são pré-candidatas a vereadoras e que foram eleitas, têm que ter o compromisso conosco de entrar na luta. Esse tem que ser um compromisso primeiro nosso. Nós temos que ter um grande movimento das vereadoras do Brasil inteiro para ajudar as nossas deputadas federais e as nossas senadoras”, afirmou.
Da Redação Elas por Elas