Partido dos Trabalhadores

Presidente do PT-PI vai priorizar comunicação e novos quadros

Deputado Assis Carvalho quer que a marca de sua gestão seja também o investimento em comunicação. Ele busca fortalecer o PT para 2018 e 2020

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O deputado federal Assis Carvalho foi eleito o novo presidente estadual do PT do Piauí. Parlamentar em segundo mandato na Câmara dos Deputados, com um mandato estadual, o petista tem claramente definidas suas prioridades à frente do partido.

Com vistas às eleições de 2018 e 2020, Assis tem como prioridades em sua gestão o investimento em comunicação alternativa e progressista e em qualificação dos quadros partidários.

“Formação de novos quadros e comunicação. São as duas pautas que quero trabalhar dentro do PT-PI como presidente. Tenho historia com a comunicação alternativa. Nos meus três mandatos dei uma atenção especial para os meios alternativos e veículos progressistas. Acho que o PT Nacional não pode usar das mesmas armas que usam contra a gente, que são as mídias tradicionais”, defende o deputado federal.

O dirigente quer buscar nos movimentos LGBT, de mulheres, afrodescendentes, indígenas e quilombolas novos quadros que possam disputar, principalmente, as prefeituras e câmaras piauienses.

“Internamente vamos nos preparar para as eleições de 2018. Todos que estamos nesse processo precisamos organizar as eleições nos estados e no país. Precisamos, principalmente, melhorar a formação dos quadros.  Temos hoje um grande desafio que é a necessidade de trazer novos sujeitos para a política em cada cidade, em cada região no estado”.

Com história de militância em movimentos sociais, Assis fundou e presidiu o movimento das rádios comunitárias do Piauí, foi dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Bancários.

Bancário, funcionário da Caixa Econômica Federal, casado e com três filhos, Assis também foi secretário de Saúde, presidente da Companhia de Água e Esgoto e direto do Departamento de Trânsito do Piauí no governo Wellington Dias (PT-PI).  Essa é a primeira vez que ele preside o partido estadual, mas participou das direções anteriores e ajudou a organizar a legenda em outros estados.

O dirigente falou sobre a eleição da senadora Gleisi Hoffmann como a primeira presidenta nacional do partido. “Achei excelente a eleição da senadora Gleisi Hoffmann como presidenta do PT Nacional. Ela tem um papel fundamental no empoderamento das mulheres e possui referenciais para fazer uma grande gestão. Tenho muito carinho por ela”.

Movimentos sociais

O deputado afirma que seu mandato vai reforçar a interlocução com os movimentos sociais e entidades representativas, igrejas e associações para reforçar a presença do partido na luta pela reorganização da sociedade brasileira que sofre com a crise política e com os efeitos do golpe.

“A gente passa por um momento bastante delicado na questão nacional onde o PT tem um papel fundamental que é de ajudar a reorganizar a sociedade nesse momento tão difícil. Como presidente do PT do Piauí, acho que temos que fazer essa interlocução com a CUT, com os movimentos sociais, com as igrejas, associações. O PT precisa ser sujeito na reorganização da sociedade”, afirma.

Ele também defendeu as Diretas Já como a única maneira de recolocar o país no rumo do desenvolvimento.”Qualquer eleição indireta não terá crédito ou condições de reconduzir o país para seu eixo central de educação e saúde e fazer os investimentos estruturantes que foram muito bem feitos pelo Lula em seus governos, como o PAC”.

Cenários Estadual e Nacional

Nas eleições de 2016, o PT do Piauí dobrou o número de prefeituras. “No Piauí temos a felicidade de ser um estado vermelho, onde o PT é muito forte. Ganhamos quatro eleições consecutivas para o estado, sendo fomos traídos após a campanha de 2010, mas retomamos em 2014. Temos uma presença muito boa em todo estado, então nosso papel é voltar o PT também para um olhar mais majoritário”.

Questionado sobre as eleições de 2018, ele coloca como prioridade manter o governo e reeleger a senadora Regina Sousa.

Quanto à perseguição de setores do Judiciário e da mídia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Assis acredita que as instituições, com destaque para o juiz Sérgio Moro, estão trabalhando em favor dos interesses imperialistas. Prejudicar uma candidatura de Lula seria o principal objetivo.

“A decisão de condenar o companheiro Lula nasce há dois três anos atrás. Hoje, lamentavelmente, o juiz Sérgio Moro faz o jogo aberto dos interesses americanos. Ele precisa entregar a fatura. Mas Lula é enraizado na sociedade e isso tem deixado os golpistas angustiados. Quando você martiriza uma liderança do tamanho do Lula isso tem um efeito contrário”, disse, se referindo à última pesquisa Datafolha que mostrou que Lula está à frente em todos os cenários com média de 30%.

Da Redação da Agência PT de Notícias